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Dez músicas sobre o Rio de Janeiro

Na MPB, na bossa nova ou no samba, a Cidade Maravilhosa serve de inspiração para composições 

Por Redação VEJA RIO
Atualizado em 5 dez 2016, 12h22 - Publicado em 24 fev 2015, 21h10
Rio Cristo
Rio Cristo (Pedro Kirilos/Riotur/)
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Berço de estilos musicais como o samba, a bossa nova e o funk carioca, a cidade foi – e continua sendo – musa inspiradora para muitos compositores. É grande a lista de canções que trazem, em seus versos, referências ao Rio de Janeiro e a seus habitantes. Seu hino, a marchinha carnavalesca Cidade Maravilhosa, de André Filho, cuja composição completa 80 anos em 2014, é uma das que não poupa adjetivos ao ressaltar as belezas do Rio.

 

 

Para animar ainda mais a festa na semana em que a cidade comemora seus 450 anos, reunimos mais dez obras que, de imediato, vêm à mente quando pensamos no Rio.

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Garota de Ipanema

Com música e letra de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, a canção promoveu a beleza da mulher carioca mundo afora. Foi composta em 1962, no bar Veloso, de onde a dupla admirava uma jovem Helô Pinheiro – a eterna garota de Ipanema – passar. “Apesar de mais de cinco décadas de história, trata-se de uma das canções mais lembradas e é a segunda mais gravada no mundo. Só perde para Yesterday dos Beatles”, destaca o professor Heitor Castro, da escola Mais Que Música.

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Ela é Carioca

Mais um clássico da bossa nova composto em 1963 por Tom e Vinicius, a canção exalta o jeito peculiar das mulheres do Rio. Quem vai discordar deles? João Gilberto, Adriana Calcanhoto e até Roberto Carlos já cantaram a ode às cariocas, que também ganhou versão em inglês interpretada por Celso Fonseca.

 

 

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Samba do Avião

“Minha alma canta/ Vejo o Rio de Janeiro/ Estou morrendo de saudade”. Quem nunca cantarolou os versos desse clássico ao sobrevoar a cidade? É difícil um carioca – ou apaixonado pelo Rio – não ser tomado por esse sentimento ao voltar para cá. A música foi composta em 1963 por Tom Jobim. É justa a homenagem ao maestro, que em 1999, cinco anos após sua morte, passou a dar nome ao Aeroporto Internacional do Galeão. “Essa música é a bossa nova em seu estado puro, com melodia e harmonia riquíssimas em movimentos”, opina Castro.

 

 

Aquele Abraço

Alegria de estar de volta ao Rio depois do exílio em Londres, saudações a figuras ilustres da cidade e deboche ao quartel militar em Realengo, onde ficou durante a ditadura, são cantados por Gilberto Gil nesta canção, composta por ele ainda na Inglaterra em 1969. O abraço, claro, é referência ao Cristo Redentor, que o recebeu de volta de braços abertos.

 

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Copacabana

A composição de João de Barro (Braguinha) e Alberto Ribeiro tornou-se um clássico na voz de Dick Farney, em 1946. Ela remete à era dos grandes cantores e a uma vibe positiva, simbolizada pela “Princesinha do Mar”, que já foi muito a cara do Rio. Nessa época, ainda como capital do país, foi referência não só por suas belezas, mas também pelo seu glamour e por suas festas exuberantes. “E a interpretação de Dick Farney, além de ser a primeira e a mais famosa, é a tradução máxima dessa elegância, por isso o apelo da música e a fama que continua até hoje”, opina o professor Heitor Castro.

 

 

Endereço dos Bailes

Os MC’s Júnior e Leonardo, criados na favela da Rocinha, entraram para a história do funk carioca ao serem os primeiros representantes do estilo musical a lançar um CD por uma grande gravadora, em 1995. Foi neste álbum que lançaram um de seus maiores hits, com a letra que exalta a cidade e faz uma viagem pelos melhores bailes do Rio.

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Do Leme ao Pontal

Lançada como parte de um dos discos mais importantes da década de 80, Tim Maia, de 1986, essa canção exalta aquela que está sempre presente nas imagens mais deslumbrantes do Rio: a orla carioca. Para apreciar uma vista dessas, vai um “guaraná/Suco de caju/Goiabada para sobremesa”?

 
https://youtube.com/watch?v=AtVhjFzHc70

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Rio 40º

“Purgatório da beleza e do caos”. A expressão cantada por Fernanda Abreu é certeira para descrever essa cidade fervilhante, repleta de belas paisagens, mas também cheia de submundos e problemas estruturais. A canção de 1992 é de autoria da cantora, em parceria com Fausto Fawcett e Carlos Laufer. “Ela transita pelo morro e pelo asfalto, dando o recado do passado, já de início, de uma cidade que luta para continuar linda, nos trechos sampleados das canções Aquele Abraço, de Gilberto Gil, e do samba Pergunte ao João, de Clementina de Jesus, com o sopro de um presente quente, intenso e no ritmo do funk”, avalia Castro. A música foi lembrada no especial VEJA Rio 20 anos, eleita a música que melhor traduziu o Rio das últimas décadas.

 
https://youtube.com/watch?v=2vyBu2q2jcs

 

Solteiro no Rio de Janeiro

Os cariocas já têm, por natureza, a fama de solteiros convictos. Faltava apenas um hino. Em 2002, o Cidade Negra lançou essa balada dançante que traduziu perfeitamente o estado de espírito daqueles que estão livres, leves e soltos, prontos pra curtir toda a azaração que a cidade tem para oferecer.

 

 

Cariocas

Qual carioca nunca estufou o peito para cantarolar essa música que faz uma ode aos ilustres moradores da cidade? Nascida em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a cantora Adriana Calcanhotto acertou em cheio quando compôs a música, lançada em 1997 no álbum A fábrica do poema. Ela já revelou, inclusive, que a ideia veio por acaso, de um impulso de inspiração.

 

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