Poderoso chá-verde
Vigilantes da boa forma adotam o matchá, variedade que promete acelerar a queima das gordurinhas
Queridinho daqueles que querem perder peso e enxugar medidas, o amargo chá-verde encontrou um concorrente à altura. Originário da cultura oriental e novidade por aqui, o matchá já faz sucesso nos Estados Unidos e na Europa e tornou-se objeto de estudo de várias pesquisas internacionais, que não cansam de enaltecer o alto índice de nutrientes do ingrediente (veja no quadro ao lado). “Apesar de ser extraído da mesma planta, ele é muito mais potente. A diferença está no processo de produção”, explica a nutricionista Luciana Harfenist. De fato, a técnica é quase artesanal e começa antes mesmo da colheita, cerca de um mês, quando os canteiros são cobertos por várias camadas de lona. Sem a luz solar, o vegetal produz mais clorofila, aminoácidos e l-teanina, que ajuda a reduzir a ansiedade, o stress e, consequentemente, a compulsão alimentar. Essas substâncias também auxiliam na dissolução das gorduras, acelerando sua eliminação. Para isso, recomenda-se o consumo de duas a três xícaras por dia. O uso não é indicado a hipertensos, grávidas e pessoas que sofrem com gastrite ou insônia devido à alta concentração de cafeína.
Como já vem acontecendo lá fora, onde o ingrediente entra até na composição de chocolates e bebidas de marcas famosas, os principais restaurantes de comida saudável daqui já começaram a incluir o produto em seu cardápio. E não é só na hora do chá. As opções vão da pizza ao sorvete. O .Org Bistrô, na Barra, tem um gelado feito com capim-limão e leite de amêndoas que faz sucesso toda vez que aparece nas sugestões do dia. Localizado em Copacabana, o vegano Biocarioca serve a redonda caprese com o matchá misturado à massa, enquanto no Jaeé, no Leblon, ele aparece adicionado ao suco de maçã e hortelã. O chá superpoderoso ainda pode ser encontrado em lojas de produtos naturais e virar matéria-prima na mão de chefs amadores como a produtora de eventos Pamela Cancela, que o consome com suco de uva integral e limão, duas vezes por semana. “Em dois meses desinchei bastante e ainda ganhei mais disposição”, garante ela. Com um processo de fabricação quase artesanal, o preço é uma das poucas desvantagens do produto: a embalagem com apenas 40 gramas custa, em média, 35 reais.