Anistia Internacional intensifica campanha contra violência policial
A ONG lançou uma nova ação para pressionar o governo do estado do Rio a se posicionar contra a violência policial
A ONG Anistia Internacional lançou, nesta quinta (3), uma nova ação para pressionar o governo do estado do Rio a se posicionar contra a violência policial. Com mensagens expondo os números da violência, os organizadores estão promovendo um “adesivaço” em diversos pontos da cidade para alertar a população sobre o abaixo-assinado da campanha Diga não à execução, que sugere medidas para inibir esta prática e que vai ser entregue ao governo estadual na próxima semana.
Segundo a coordenadora da Anistia Internacional, Rebeca Lerer, o “adesivaço” vai aproveitar os últimos dias da campanha para divulgar ainda mais a importância do abaixo-assinado até a entrega do documento ao governo. “A ideia é direcionar essa pressão para o líder do executivo estadual para que ele se posicione claramente sobre esse problema e saia um pouco dessas respostas genéricas dadas.”
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Ela explicou que a petição tem algumas medidas políticas e administrativas: “O primeiro pedido (da petição) é que o governador e o promotor de Justiça se posicionem claramente contrários à prática de execuções e condenem publicamente esta prática. Mas, a gente sugere medidas administrativas como, por exemplo, que todos os casos de homicídios decorrentes de intervenção policial sejam investigados pela Divisão de Homicídios e não pelas delegacias locais da área como forma de garantir maior independência e isonomia nas investigações”.
O “adesivaço” promovido pela Anistia Internacional também convida a população a fazer o Teste do Pezão, em que os usuários interagem com as “melhores frases” do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, para casos emblemáticos de assassinatos cometidos por policiais. Rebeca Lerer explicou que foram colocadas no site (tumblr é uma plataforma de blogging) alternativas do que gostaria que ele tivesse dito, comparadas ao que ele disse de fato. “É para mostrar como o posicionamento poderia ser diferente e como o governo não vem correspondendo a esse papel de mediador e de liderança para resolver essa questão central da agenda de segurança pública do Rio de Janeiro”, complementou ela.