Em 1958, Elizeth Cardoso posava com o disco Canção do Amor Demais
A obra, que tem canções de Tom e Vinicius e o violão de João Gilberto, é tida como marco inicial da bossa nova
O biógrafo e pesquisador Ruy Castro aposta que a foto de Elizeth Cardoso (1920-1990), cercada por fãs e exemplares de Canção do Amor Demais em uma loja de long-plays, em 1958, foi feita na Murray, antigo point musical da Rua Rodrigo Silva, no Centro. Jornais da época, no entanto, noticiam que a cantora foi homenageada com um coquetel na filial de Copacabana de O Rei da Voz, concorrente que tinha como símbolo uma clave de sol. De todo modo, o instantâneo acima, pertencente ao acervo do Museu da Imagem e do Som, é um fiel retrato dos anos dourados: rodeada de admiradores, Elizeth, então aos 37 anos, apresentava ao mundo o disco que, com canções de Tom e Vinicius, além do violão de João Gilberto, é considerado o marco inicial da bossa nova.