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De braços abertos: os projetos que conectam refugiados e cariocas

Projetos promovem convivência harmônica e trocas culturais entre cariocas e estrangeiros no Rio

Por Abril Branded Content
Atualizado em 16 nov 2017, 11h00 - Publicado em 16 nov 2017, 11h00

“É extraordinário. Extraordinário”. É como a carioca Emanuela Farias define a mudança que o projeto Mulheres do Sul Global provocou em sua vida. Emanuela é a criadora dessa iniciativa que promove formação em corte e costura para mulheres refugiadas que vivem no Rio de Janeiro.

A ideia surgiu a partir de um trabalho voluntário no ateliê de um mosteiro na Índia. De volta ao Brasil, ela juntou a experiência no exterior com a vontade de atuar com mulheres em situação de refúgio e vulnerabilidade social. No primeiro contato com um grupo que participava do Cores da Cáritas, outro projeto que envolve acolhimento a refugiados, ela ouvia perguntas frequentes sobre máquinas de costura. Surgiu, então, a ideia.

O Mulheres do Sul Global promove experiências diferentes no Rio de Janeiro para as envolvidas. Tudo a ver com o #hellocidades, projeto de Motorola que sugere jeitos diferentes de aproveitar a cidade e fazer novas conexões entre as pessoas e os lugares.

A congolesa Celina Sagrasse é uma das três participantes do grupo. Ela mora no Brasil há dois anos com os cinco filhos. Nasceu no Congo e cresceu em Angola, o que favoreceu a escolha do Brasil como refúgio, já que a língua não seria uma barreira. “Aprendi a costurar na escola. Trabalhava com costura em Angola. Comecei o curso na Cáritas há cinco meses e depois conheci a Manu, e estamos juntas agora”, conta Celina.

Hoje, o Mulheres do Sul Global funciona em colaboração com a costureira Teresa Vitoriano, e os trabalhos são feitos no ateliê dela no Itanhangá, zona oeste da cidade. Mas o objetivo é formar as participantes como empreendedoras. “Se o empreendedorismo é um desafio para a gente, imagina para elas”, conta Emanuela.

Juntas, as participantes e Emanuela elaboraram uma coleção para gastronomia com uniformes, aventais, dólmãs etc. O projeto aproveitou uma tradição de intercâmbio de tecidos que existe dentro da comunidade africana no país para misturar aos tecidos brasileiros e dar cara à conexão Brasil-África. O lançamento oficial da Coleção Gastronomia será no dia 17 de novembro no espaço de coworking Nex, na Glória (Ladeira da Glória, 26, Bloco 3).

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Comida que junta

No início de agosto de 2017, o sírio-egípcio Mohamed Ali foi protagonista de um episódio célebre no Rio. Ali, que está no brasil há três anos e vende salgados árabes numa barraca em Copacabana, foi hostilizado por outros ambulantes da área com ofensas xenofóbicas, e teve suas mercadorias espalhadas pelo chão. Imagens da confusão foram parar na internet. O que veio em seguida foi uma avalanche de mensagens de apoio a Ali e até uma vaquinha on-line foi organizada para arrecadar dinheiro para o ambulante legalizar seu negócio.

Mohamed é apenas um dos muitos refugiados que tenta ganhar a vida no Rio de Janeiro vendendo comidas típicas de sua região de origem. Apesar da hostilidade que o estrangeiro sofreu, o retorno positivo da maior parte da população carioca é uma prova de que a cidade está, sim, de braços abertos para receber quem vem de fora. Ainda mais se quem vier trouxer uma tradição culinária diferente na mala.

A Feira Chega Junto nasceu de uma parceria da Cáritas com o evento gastronômico Junta Local. Trata-se de um encontro periódico entre chefs e cozinheiros refugiados e o público carioca. Atualmente, 20 famílias participam da feira, entre refugiados, solicitantes de refúgio e migrantes. Os participantes vêm de diversos países, como Angola, Síria, Congo e Venezuela.

Feira Chega Junto mostra cultura gastronômica internacional para cariocas (Feira Chega Junto/Divulgação)

“O carioca é naturalmente receptivo ao exótico e à boa comida, por isso, não foi difícil encontrar na cidade do Rio o ambiente perfeito para um projeto como o Chega Junto. A cada feira, os refugiados e migrantes fazem novos amigos e são convidados para participar de eventos, incluindo feiras, jantares e outros projetos gastronômicos”, conta Luciara Mota, coordenadora da iniciativa.

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A gerente de marketing Ana Brunn é uma das assíduas frequentadoras do evento. Já esteve em três edições e garante que volta em todas que puder. “A comida é fantástica, mas a experiência é ainda maior. Cada pratinho tem uma história para ser contada. Alimentamos o corpo e um pouco da alma também”, diz Ana.

Há refugiados de mais de 20 países vivendo hoje no Rio de Janeiro (Mauana Simas/Divulgação)

Luciara explica que o impacto dos organizadores é exatamente este: “ter ali uma ponte dessas famílias com a cidade e criar, a partir das feiras, novas redes de cooperação que possibilitem sua inserção social e profissional a longo prazo na cidade.” A programação da Feira pode ser acompanhada pela página no Facebook.

Ficou com vontade de experimentar todas essas delícias? Pois não perca as próximas edições dos eventos, tire muitas fotos e compartilhe tudo com as hashtags #hellocidades. Para descobrir ainda mais, acesse hellomoto.com.br.

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