Rua da Cerveja também terá projetos voltados a uísque, cachaça e kombucha
Grupo de bares que ocupará a Rua da Carioca planeja shows, feiras e eventos que vão transformar a histórica região
A turma da cerveja artesanal, não é novidade, segundo a própria vocação histórica da bebida, é campeã em animação, e o setor foi um dos que mais sofreram durante a pandemia com a suspensão dos eventos presenciais tendo como ponto de partida a milenar bebida de cereais maltados e fermentados. A Rua da Cerveja, aguardado projeto da prefeitura para revitalizar a Rua da Carioca, no Centro, que agora sai do papel, já mostra como a área abandonada tem tudo para se tornar uma das mais agitadas do Rio, de acordo com os contratos já fechados e os planos de estabelecimentos que já tem suas plantas na mão.
+ Sai Slow Bakery, entra Absurda: confeitaria premiada a caminho do Leblon
São 13 os projetos habilitados e ligados a produções em menor escala de diferentes bebidas que circulam pelos bares especializados e eventos específicos do Rio, que vão abrir seus salões com gastronomia e eventos variados ao lado do tanques de produção, algo que há uma década sequer era permitido por lei em áreas urbanas do município.
A frase dita pelo empreendedor Raphael Vidal, afirmando que “a ideia é você chegar lá e sentir que aquele lugar sempre esteve ali”, resume o espírito da coisa, porque trata-se de uma região histórica de belo casario preservado, onde cultura e boemia se integravam em estabelecimentos como o Bar Luiz e o Cine Íris, além da tradição de lojas musicais como a Guitarra de Prata.
Criador do Bafo da Prainha, no Largo de São Francisco da Prainha, e sócio da futura Cervejaria Cotovelo, em parceria com as cervejarias Búzios e Tio Ruy, Raphael Vidal anuncia gafieira e cardápio de botequim antigo no sobrado que a turma ocupará na Carioca, ecos bem-vindos de uma tradição de samba e dança que emana de regiões como a Gamboa e a chamada Pequena África, onde Vidal concentra seus negócios.
As marcas de cerveja e outras bebidas que se instalarão na Rua da Carioca, algumas delas com plano já para a metade deste ano de 2024, chegam com projetos de shows, rodas de samba, workshops cervejeiros, brassagens abertas ao público, feiras e festivais gastronômicos para ocupar o espaço externo da rua.
Além de cervejarias como Máfia, Vírus, Kranzbier e Sun Dog, esta dedicada a produzir estilos históricos e pouco conhecidos da bebida, a Martelo Pagão deverá produzir hidromel, o fermentado alcoólico de mel que é uma das bebidas mais antigas da humanidade. A cervejaria Candanga acena com a possibilidade de destilados como o uísque, e a premiada cachaçaria Da Quinta, de Carmo, na região serrana do estado, negocia o seu imóvel. A Culturas Vivas também estará presente, uma produtora de kombucha orgânica que abre o leque para a fabricação de diferentes bebidas fermentadas na região, inclusive as não alcoólicas.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
Em cerimônia num imóvel da rua, o prefeito Eduardo Paes, o secretário de Desenvolvimento Urbano e Econômico, Chicão Bulhões, e o diretor-presidente da Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), Gustavo Guerrante, assinaram na quarta (27) os primeiros termos de adesão ao Programa Reviver Largo da Carioca, onde a Rua da Cerveja está incluída. Os novos inquilinos receberão até R$ 200 mil, além de subsídio de R$ 75,00 por metro quadrado, até o limite de R$ 15 mil, ao longo de 30 meses, prorrogáveis por mais 18.
BAIXE O APP COMER & BEBER E ESCOLHA UM ESTABELECIMENTO:
IOS: https://abr.ai/
ANDROID: https://abr.ai/