Oteque tira da carta um vinho de produtor acusado de assédio sexual
Vinhateiro francês do Vale do Loire, de elogiada produção orgânica, foi denunciado por enóloga da região de Beaujolais
O vinho branco e natural Auksinis, um francês da uva sauvignon blanc, caldo de alto nível produzido na região de Sancerre, no vale do Loire, foi retirado da carta do restaurante carioca Oteque, um templo da alta gastronomia brasileira, pelo sommelier Leonardo Silveira e o chef Alberto Landgraf. O motivo: Sebastien Riffault, o produtor, está sendo acusado de assédio sexual por mulheres na França e na Dinamarca.
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Lojas de vinho dinamarquesas e restaurantes como o Noma, do chef René Redzepi, em Copenhagen, considerado um dos melhores do mundo, também riscaram os vinhos de Riffault de suas cartas após os rumores detonados por postagem nas redes sociais da enóloga fracesa Isabelle Perraud, da região de Beaujolais, com as acusações de assédio.
Enquanto o produtor entrava com processo contra Isabelle por difamação, exigindo a retirada das postagens, mulheres dinamarquesas apareceram afirmando pela internet também terem sido por ele assediadas sexualmente. Nenhuma queixa formal foi apresentada até o momento contra o francês, num caso que ainda deve dar muito o que falar no universo dos vinhos e na Justiça.
Os vinhedos de Sebastien Riffault em Sancerre, área famosa pelos sauvignon blancs, têm o solo trabalhado por cavalos, e seus vinhos são orgânicos, biodinâmicos e feitos sem nenhum aditivo químico ou filtragem.
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O sommelier Leonardo Silveira, gerente operacional e craque à frente da carta de 300 rótulos do Oteque, eleito recentemente o 47º melhor restaurante do mundo, servia o vinho agora retirado em etapas do menu degustação como um prato etéreo de lulas e cogumelos shimeji em caldo aerado de legumes.