Onde ‘tomar um tacacá’ no Rio, a comida mais pesquisada no Google em 2023
Nos embalos da cantora Joelma, as cuias da receita à base de tucupi transportam os clientes ao Pará
“Eu vou tomar um tacacá, dançar, curtir, ficar de boa”. Calma, não é para dançar ainda no balanço estridente da paraense Joelma. O assunto é a receita conterrânea da cantora, que viralizou junto da canção Voando pro Pará e se tornou a comida mais buscada no Google em 2023, segundo números divulgados pela plataforma.
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Emblema da culinária do Pará, e presente em casas especializadas de norte a sul do Brasil, o tacacá tem por base o amarelo tucupi, que é o caldo extraído da mandioca e fermentado, temperado e mesclado à goma de mesma origem na citada raiz, além da folha “elétrica” do jambu e os rosados camarões secos. Um caldo rico em sabores e sensações, servido na cuia em homenagem ao berço indígena.
O Pescados na Brasa (Rua Vitor Meireles, 92, Riachuelo, tel.: 2239-9540) chega a vender mais de 150 unidades num de seus domingos de carimbó tocado e dançado na rua, entre os inúmeros quitutes paraenses da cozinha de Adriana Veloso. O tacacá (R$ 35,00) está presente também na tábua de degustação da casa (R$ 105,90), boa opção para compartilhar trazendo ainda maniçoba, vatapá paraense, açaí, farinha d’água, camarão seco e costelinha de tambaqui.
Uma das mais famosas versões da cidade, como atesta o nome da casa tradicional, mora no balcão e nas mesas do Tacacá do Norte, que fecha o ano como vencedor do prêmio VEJA RIO COMER & BEBER, na categoria melhor açaí. Pois vive de muitas prendas a casa inaugurada em 1973 no bairro do Flamengo (Rua Barão do Flamengo, 35, tel.: 2225-7329), onde o típico tacacá (R$ 32,00), com as folhas de jambu que trazem a curiosa sensação de eletricidade na boca, é um sucesso que atravessa gerações.
Outra bem temperada versão do prato que costuma agregar elementos aromáticos como alho e chicória está no Empório Grão Pará (Rua Barão de Ipanema, 94, Copacabana, tel.: 3489-0262), onde a cuia de tacacá (R$ 32,90) faz companhia a pratos substanciosos como a caldeirada paraense (R$ 229,00, para 3 pessoas; e R$ 149,90, meia porção).
Já no Arataca (Rua Lopes Quintas, 14, Jardim Botânico, tel.: 3280-0392), o tacacá (R$ 35,00) é muito pedido como entrada para pratos menos ortodoxos como o pirarucu ao molho de maracujá (R$ 65,00, individual, R$ 120,00, para 2 pessoas).
E o Cantinho do Pará (Av. Ayrton Senna, 5.500, Barra da Tijuca, WhatsApp: 3400-7015) serve extenso cardápio paraense que destaca na série das entradas e petiscos um caprichado tacacá (R$ 35,00), além das iscas de filhote, o peixe de água doce, com molho especial da casa (R$ 48,90).
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Se Joelma abriu, quem fecha é Chico Buarque, em parceria com Ruy Guerra: “Deixa a tristeza pra lá, vem comer, me jantar, sarapatel, caruru, tucupi, tacacá…” Segundo a canção, não existe pecado do lado de baixo do Equador.
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