O que provar na Confeitaria Manon, cenário do filme Ainda Estou Aqui
Casa com mais de 80 anos serve um dos melhores pães doces da cidade, com nome que homenageia cidade espanhola
O carioca e apreciador dos encantos do Centro que resistiram ao tempo já mordeu o delicioso Madrileño, um pão doce único que faz parte da assinatura histórica da Confeitaria Manon, cenário de um dos encontros felizes em família de Eunice, Rubens Paiva e os filhos, retratado no filme Ainda Estou Aqui, o brasileiro com três indicações ao Oscar.
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O ambiente art déco do salão aberto em 1942, que teve seu interesse como ponto turístico renovado pelo longa de Walter Salles, foi tombado pela prefeitura em 1993 e segue preservado, com o piso de mármore, as pilastras espelhadas, as luminárias e o teto reproduzindo o interior do navio Serpa Pinto, que fazia a rota entre Lisboa e Buenos Aires, com escala no Rio.
A casa é uma das famosas como ponto de encontro de políticos e artistas, nos tempos áureos da região central do Rio, personalidades que já se deliciavam com o cardápio de doces e salgados que ali atravessam os tempos.
Além do Madrileño, macio e açucarado, com o típico creme de confeiteiro amarelo e um ponto de goiabada – de fato, um dos melhores pães doces da cidade -, as torradas altas no pão Petrópolis fazem sucesso e dão origem a pedidas como o croque monsieur, no desenho clássico de queijo, presunto e molho bechamel.
Coxinhas de camarão, tortas salgadas de pão de forma e sanduíches a metro são outras opções de lanche, assim como o Bauru, servido com filé, queijo, presunto e ovo estalado, rodeado de batatas fritas. O almoço diário segura o salão com bufês temáticos e de variada oferta, servidos no peso.
Em 2015, na comemoração dos 450 anos do Rio, a Manon fabricou um bolo que levou 30 mil ovos, assado em 800 tabuleiros e com 450 metros de comprimento. Gigante como seus 83 anos de histórias.
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