Novo epicentro gastronômico do Rio, Horto ganhará mais um restaurante
O Gonza, do chef argentino Gonzalo Vidal, é considerado pelos chefs a maior inauguração da gastronomia carioca nos últimos tempos
A imagem do projeto da fachada de um bonito restaurante que ocupará um casarão em rua tranquila no Horto causou um pequeno terremoto ao ser postada nas redes sociais, na terça (8), pelo chef argentino Gonzalo Vidal, radicado no Rio. Ele revelou o futuro visual de seu primeiro restaurante, o Gonza, previsto para junho. Pode-se dizer, agora ainda mais, a inauguração da década na gastronomia carioca. O próprio chef se espantou ao ver mais de 15 repostagens, cobertas de elogios e exclamações, da referida imagem nos Stories do Instagram, incluindo as feitas por nomes premiados como Elia Schramm (Babbo e Jurubeba) e Bruno Katz (Nosso e Chanchada), entre outros chefs importantes.
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Depois de chamar a atenção do Brasil e da comunidade internacional pelo trabalho feito no 74 Restaurant, em Búzios, inserindo a casa na lista de “descobertas especiais” do 50 Best Discovery, e de se tornar disputado para consultorias em restaurantes cariocas, atuando com brilho como convidado em eventos e pontos de propostas distintas como o boteco Chanchada e o “fine dining” do estrelado Cipriani, do Copacabana Palace, Gonzalo será chef e dono pela primeira vez de um restaurante, em sociedade com Cello Camolese (Casa Camolese), de longa e sólida história na gastronomia da cidade.
A notícia animadora é que ele quer uma casa informal e cheia de vida como os “bodegones” de Buenos Aires, divertida como os eventos em que ele participa com chefs amigos, sempre em alto astral (e de fernet cola na mão), para cozinhar o que gosta de comer e preparar com a família desde a adolescência em Santa Fé, no centro-leste da Argentina.
O foco estará na charcutaria, praticada há muitos anos e conhecida no Rio desde os tempos da La Choriceria, marca criada em parceria com o chef e conterrâneo Gustavo Rinkevich (Rocka, de Búzios), que destacava-se em época passada na feira Junta Local. Quem já provou não esquece os salames, copa lombos, longanizas e pastramis como o de língua feitos por Gonzalo, e eles estarão no Gonza ao lado de outras delícias, pendurados em peças inteiras pelo salão.
A brasa será outra atração, e nela serão assadas as empandas famosas do chef, de massa em ponto de perfeição e recheios como mexilhão com ragu de linguiça, maionese de alho assado e coentro, para citar apenas uma preparada em evento recente. Gonzalo também promete milanesas fabulosos, inclusive a versão de filé mignon com mortadela e queijo que também já foi assunto na cidade.
A coquetelaria do Gonza, é importante dizer, vai destacar a produção própria de bebidas como gim e vermute. E na sobremesa vai pintar uma versão de Romeu e Julieta feita em jantar recente, batizada de “o gringo e a gata”, com musse de queijo, catupiry, gelato de goiaba e goiabada cremosa sob uma cúpula de suspiro.
“Ficamos um ano atrás do ponto certo até descobrir essa casa incrível, num lugar onde as pessoas podem relaxar na calçada sem buzina e farol na cara, e também teremos um bonito quintal. Vou cozinhar o que me faz feliz, as minhas raízes, o que eu mais gosto de comer“, diz Gonzalo, que já fez mais de um churrasco para amigos no interior da casa em obras.
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Considerado um cozinheiro completo, incluindo habilidade notáveis de panificação e confeitaria, de domínio técnico raro mesclado à criatividade que tornam únicas as suas receitas, Gonzalo é reverenciado por “campeões de audiência” da cidade como o chef Elia Schramm, do sempre lotado Babbo Osteria.
“Costumo dizer que ele é um ‘Anthony Bourdain Michelin’, com seu estilo punk rock e uma comida que é só dele. Quando o Gonzalo veste o avental e cai para dentro, ele e a cozinha se transformam. É um cara que nasceu em restaurante, vibra e ama o que faz, além de ser uma pessoa empática e generosa, que divide conhecimento. O Gonza vai fazer história no Rio“, afirma Elia.
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