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Música tem dono

Inadimplência de bares e restaurantes ainda é um problema no Rio de Janeiro

Por Abril Branded Content
14 nov 2024, 11h46
Barzinho com música ao vivo
 (iStock/ISTOCK)
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A música tem um papel crucial em muitos modelos de negócios, segundo o conceito de music branding, que aposta na sonorização para alavancar a experiência do cliente. Bares e restaurantes são exemplos dessa conexão emocional, que pode ser criada por meio do marketing sensorial. Apesar de obrigatório, o licenciamento da música ambiente ainda não está na prioridade dos estabelecimentos, conforme previsto na Lei de Direitos Autorais (9.610/98).

Por mais que os estabelecimentos reconheçam a importância da música, a inadimplência ainda é um fator a ser combatido, segundo avaliação do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), entidade privada e sem fins lucrativos responsável pela arrecadação e distribuição dos direitos de execução pública de músicas para os compositores e demais profissionais da música.

Para o gerente executivo de Arrecadação do Ecad, Marcello Nascimento, a dificuldade em valorizar a indústria musical ainda é cultural. “A música é vista como um produto intangível, um bem comum. Precisamos conscientizar as pessoas de que o compositor e os profissionais da música também são trabalhadores e devem ser remunerados de maneira justa para que a cadeia da música se mantenha viva e sustentável”, alerta.

Campanha “Música tem dono”

Os direitos autorais estão previstos em lei e são essenciais para incentivar a criatividade e a inovação, garantindo aos criadores a remuneração diante de seu trabalho criativo. Com a ajuda de quem faz e usa música, é possível garantir a sustentabilidade da cadeia musical – e aquela experiência sensorial que alia consumidor e marca.

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Pensando nisso, o Ecad lança uma campanha de conscientização para o público, principalmente para donos e gestores de bares e restaurantes. Com o slogan “Música tem dono”, propõe educar por meio da visibilidade da cadeia criativa musical.

“Somos a ponte entre o compositor, ou seja, o dono da música e o empreendimento. Nossa missão é fazer com que as pessoas enxerguem os trabalhadores que estão por trás da canção e que, muitas vezes, vivem da reprodução da sua música”, diz Marcello.

Administrado por sete associações de música (Abramus, Amar, Assim, Sbacem, Sicam, Socinpro e UBC), o Ecad é a única entidade que distribui direitos autorais de execução pública de música no país. Em 2023, a instituição distribuiu mais de 1,3 bilhão de reais, que foram repassados para mais de 323 mil artistas, compositores e associações. 

“O nosso trabalho tem um impacto gigantesco no Brasil. Por isso, queremos aumentar a arrecadação, prevista em lei, e aumentar a distribuição”, finaliza.

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