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Sob a batuta da chef pâtissière Carola Troisgros, A Colher de Pau reabre no Rio

Tradicional doceria reabre unindo doces clássicos a novidades arrojadas — incluindo ousados planos de expansão no Brasil e no exterior

Por Elisa Torres
Atualizado em 19 set 2025, 16h01 - Publicado em 19 set 2025, 07h00
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Carola Troigros: chef pâtissière está à frente da nova A Colher de Pau (Bruno Rangel/Divulgação)
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Desde abril, uma cena se repete em frente ao número 90 da Rua Rita Ludolf, no Leblon. Ao ver um tapume escondendo as obras da confeitaria A Colher de Pau, antigos clientes perguntam aos funcionários se a decoração, com os utensílios de madeira presos à parede, será mantida. As características colheres, agora, integram um painel luminoso, mas o portal em forma de arco seguirá recebendo cariocas e turistas na nova versão da casa fundada por Gimol Kaner há cinco décadas e administrada por sua filha, Lucy, até ser fechada, há um ano.

A notícia do encerramento das atividades chamou a atenção do empresário Eduardo Tkacz, sócio dos irmãos Amanda e David Klabin na gestora Galt Capital e, junto a eles, de Thomas Troisgros e dos irmãos Marcos e Renato Porchat, na Trois Foods, responsável por empreitadas como Oseille, Toto e Tijolada.“Sempre fui apaixonado pelos doces de lá, então fiquei muito empolgado com a possibilidade de ressuscitá-la. O caminho natural foi convidar a Carola Troisgros para ser nossa sócia no projeto”, conta Tkacz. “Não podíamos perder uma marca com uma história tão sólida”, resume David Klabin.

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Em família: os sócios também tocam os restaurantes Oseille e o Toto, e o bar Tijolada, de Thomas Troisgros, irmão da pâtissière (Vini Cordeiro/Divulgação)

 

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Sob curadoria da chef pâtissière Carola Troisgros, filha caçula de Claude e esposa de Marcos Porchat, a casa reabre na terça (23), com as gostosuras que permeiam a memória afetiva de muitos cariocas, a exemplo dos brigadeiros — agora em dois tamanhos —, do rocambole com morango e baba de moça, da clássica torta toalha felpuda, de coco fresco, além do bolo negro e da torta crocante.

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Somam-se a esses itens, recriados com o apuro técnico e elegância, receitas pensadas por Carola, como pudim no pote, quindim, musse de chocolate e os seus já conhecidos bolos autorais. A herança francesa aparece na choux recheada com creme de baunilha e no ursinho Pierre — batizado em homenagem ao patriarca da família Troisgros, avô da chef —, feito de chocolate e recheado de marshmallow, que será customizado em datas especiais. “Honramos a memória, mas também trazemos a minha assinatura. Confeitaria é mais do que criar doces deliciosos, precisamos envolver o cliente com as histórias, os sabores e o ambiente”, resume Carola.

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Torta na versão crocante: outro clássico da loja que está de volta (Bruno Machado/ACP/Divulgação)
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Torta toalha felpuda: com coco fresco (Bruno Machado/Divulgação)
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A vitrine foi equipada com uma máquina de sorvete soft, com casquinhas produzidas na hora, cookies recheados de chocolate ou caramelo com flor de sal e coco, brownies e cinnamon rolls — receitas que Carola trouxe dos tempos em que morou nos Estados Unidos —, além de barras de chocolate em quatro versões: amargo, ao leite, branco e gold. Balas de caramelo, vendidas em saquinhos, e choco crispies também estarão à disposição. Os testes de sabor e apresentação levaram seis meses. Uma linha de cafés com blends desenvolvidos para a marca também está entre as novidades.

“Dá para imaginar o quanto eu sou sortudo de passar todo esse tempo experimentando tudo?”, brinca Eduardo Tkacz, que pensa em estender o horário de funcionamento até a madrugada, para abrigar aquelas pessoas em busca de um “docinho pós-noitada”. “É maravilhoso sair de uma festa, parar para comer um brigadeiro e tomar um café. Doces curam desde ressaca até um fora da namorada”, completa, com bom humor, o empresário, que fez questão de manter dois funcionários com mais de 35 anos de serviços prestados, Geraldo e William.

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Ursinho pierre: homenagem ao avô (Bruno Machado/Divulgação)
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Cinnamon roll: novidade de Carola no cardápio da casa (Bruno Machado/Divulgação)
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+Negroni Week traz diferentes receitas do drinque aos bares do Rio

A reabertura da doceria marca não só o resgate de um clássico carioca, mas também a convergência de famílias ligadas à gastronomia. Fundado por imigrantes judeus, o espaço faz parte da memória da comunidade, que será homenageada com preparos especiais nas datas festivas. O elo entre os Troisgros, os Klabin e os Tkacz também vem de longa data — quando Claude chegou ao Brasil, há 46 anos, teve Daniel Klabin, pai de Amanda e David, como investidor na abertura do restaurante Le Pré Catelan, no hotel onde hoje é o Fairmont Copacabana.

E os planos são ousados. Embora ainda não haja um cronograma fechado, a ideia é expandir a marca para outros bairros do Rio antes de seguir para outros estados — com exceção de São Paulo — e, posteriormente, para o exterior. “A Colher de Pau traduz o lifestyle carioca dentro do setor de alimentação e hospitalidade. Queremos ser referência em doces gostosos. Essa loja-conceito será um teste”, aposta Tkacz. Carola completa: “Nostalgia pesa, mas estamos confiantes de que o trabalho é bacana e que podemos criar uma experiência inédita”. Que seja uma doce caminhada.

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Brigadeiro: agora em dois tamanhos (Bruno Machado/Divulgação)
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