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Cervejarias artesanais apostam em rótulos artísticos e criativos

Para se destacar da concorrência, marcas cariocas contratam designers e ilustradores que imprimem seu conceito em garrafas e latas

Por Carol Zappa
Atualizado em 26 ago 2017, 13h59 - Publicado em 26 ago 2017, 13h59
O ilustrador Daniel Gnattali: linhas psicodélicas e cores vivas na Hocus Pocus (Felipe Fittipaldi/Veja Rio)

No disputado mercado das cervejas artesanais, é preciso mais que uma boa receita para sobressair. Tão importante quanto acertar na combinação de água, malte, levedura e lúpulo é acertar em um rótulo chamativo, que se diferencie em meio às dezenas de opções expostas nas gôndolas. De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Sebrae, 52% dos brasileiros acham que a embalagem é muito ou extremamente importante na hora da compra, e 51% confessaram que já levaram alguma garrafa para casa só por causa do visual. Atenta à crescente concorrência, a Hocus Pocus, surgida em 2014, tem cinco artistas gráficos em seu portfólio. O mais constante é o carioca Daniel Gnattali, autor do primeiro selo da marca, da elogiada Magic Trap. Os desenhos, com traços fortes e cores vivas, fizeram tanto sucesso que Gnattali (também conhecido como o John Lennon do bloco Sargento Pimenta) já recebeu ao menos dez propostas de cervejarias mais jovens, todas recusadas. “Não faria sentido usar minha veia criativa em outro lugar. Temos uma relação consolidada, disponho de liberdade para inventar”, alega.

Com o crescimento de 39,6% no número de cervejarias artesanais só em 2016, a demanda por especialistas na arte de elaborar rótulos vem aumentando no mesmo ritmo. Prova disso, o Instituto da Cerveja Brasil (ICB), uma das principais escolas do país, implantou um departamento de design, cuja equipe já desenvolveu trabalhos para Oceânica, Gaspar e Trópica, entre outras. “As grandes marcas têm um padrão de cores bem definido, para que não haja confusão na hora da venda, mas o papel do cervejeiro artesanal é fazer o contrário, ser irreverente”, afirma Estácio Rodrigues, sócio da entidade. Foi nessa premissa que o diretor de arte Bruno Couto apostou para idealizar o visual da 2cabeças. Seus rótulos são povoados por humanoides com cabeças que remetem ao nome da bebida, com verve surreal e onírica. “Eu me inspirei no estilo americano, mais ligado à proposta da marca, com referências à cultura pop, aos quadrinhos”, diz Couto. Com conceitos caprichados e bem claros, as garrafas e latinhas já viraram item de colecionador.

(Arte/Veja Rio)

 

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