Ri-bera x Ri-oja quem “ri” por último
Por Marcelo Copello A Espanha é um dos países que mais cresce no mercado brasileiro. Em 2010 as importações de vinhos da terra de Cervantes subiram 41,57% em relação ao ano anterior. Este resultado expressivo é fruto do trabalho de promoção do Instituto Español de Comercio Exterior (ICEX), que vem organizando importantes degustações em algumas […]
A Espanha é um dos países que mais cresce no mercado brasileiro. Em 2010 as importações de vinhos da terra de Cervantes subiram 41,57% em relação ao ano anterior. Este resultado expressivo é fruto do trabalho de promoção do Instituto Español de Comercio Exterior (ICEX), que vem organizando importantes degustações em algumas capitais.
No último dia 7 de junho foi a vez do Rio de Janeiro hospedar (no restaurante Porcão Rios) uma prova espanhola, que eu apresentei. O tema foi “Ribera del Duero contra Rioja”, as duas regiões mais importante e tradicionais rivais quando o assunto é tintos espanhóis.
Panorâmica do evento, no Porcão Rios
Escolhi 8 grandes vinhos, 4 de cada região e os apresentei as cegas para cerca de 30 convidados (entre amadores e profissionais). O resultado foi:
1º lugar-Pago La Garduña 2004, Abadia Retuerta, Sardon de Duero
2º-Baron de Chirel 2005, Marqués de Riscal, Rioja
Demais vinhos provados
– Prado Rey Gran Reserva 2004, Real Sitio de Ventosilla, Ribera Del Duero
– Rioda I 2005, Bodegas Roda, Rioja
– Colección Vivanco Graciano 2006, Dinastia Vivanco, Rioja
– Gaudium 2004, Marqués de Cáceres, Rioja
– “F” de Fuentespina, Ribera Del Duero
– Año de Gracia 2004, Lynus Viñedos y Bodegas, Ribera del Duero
O campeão, Pago La Garduña
Em uma prova difícil como esta (todos tintos encorpados de alta qualidade) eu esperava um resultado mais disperso/disputado, mas aconteceu justamente o contrário. As preferências concentraram-se em dois vinhos, com larga margem do primeiro colocado para o segundo e do segundo para os demais. Claramente o gosto dos votantes pendeu para dois opostos, de um lado vinho mais moderno, o Pago Garduña 2004 (importado pela Penísula, www.peninsulavinhos.com.br, R$ 1.032,00), em estilo internacional, muito encorpado, frutado, com madeira nova, um Syrah entre tantos Tempranillos. Do outro lado (como 2º colocado) o vinho em estilo mais marcadamente tradicional espanhol da noite, o Baron de Chirel 2005, da Marqués de Riscal (importado pela Interfood, www.interfood.com.br, R$ 372,90), um corte de Tempranillo com longo estágio em madeira usada americana, um clássico.
Quando se trata de vinhos, por vezes o que determina uma escolha não é o estilo e sim a qualidade. Acima de “gosto moderno” ou “gosto tradicional” está o BOM GOSTO.
Prova de vinhos do ICEX
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Marcelo Copello (mcopello@bacomultimidia.com.br)
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