Como no tempo dos romanos
Por Marcelo Copello Na antiguidade clássica de gregos e romanos os vinhos eram, em geral, fermentados, armazenados e transportados em ânforas de barro de vários tamanhos. Esta técnica há séculos foi praticamente abandonada em nome de recipientes e madeira, vidro, mais recentemente, aço inoxidável. São raras as vinícolas que ainda utilizam ânforas de barro pra […]
Por Marcelo Copello
Na antiguidade clássica de gregos e romanos os vinhos eram, em geral, fermentados, armazenados e transportados em ânforas de barro de vários tamanhos. Esta técnica há séculos foi praticamente abandonada em nome de recipientes e madeira, vidro, mais recentemente, aço inoxidável.
São raras as vinícolas que ainda utilizam ânforas de barro pra fermentar seus vinhos, como as portuguesas Joaquim José Gato e José de Sousa. Os vinhos deste último estão disponíveis no Brasil, trazidos pela Inovini(https://www.aurora.com.br/vinhos.aspx). Um das mais antigas vinícolas do Alentejo, a José de Sousa, localizada em Reguengos, foi comprada há poucos anos pela empresa José Maria da Fonseca, dos vinhos Periquita. O vinho topo de gama da casa, o José de Sousa Mayor, é parcialmente fermentado antigas em ânforas de barro, como nos tempos dos romanos.
Além do uso de talhas (como chamam as ânforas em Portugal), este vinho tem como diferencial um vinhedo de mais de 50 anos de uma casta antiga e pouco conhecida hoje, a Grand Noir, que domina o blend deste vinho com 63%, complementado por 22% de Aragones e 15% de Trincadeira. As uvas são pisadas a pé em lagares e o vinho amadurece 10 meses em barricas novas de carvalho francês.
Provei ano passado junto com seu enólogo, Domingos Soares Franco, o José de Souza Mayor 2007, estava excelente, ainda novo e com bastante madeira, com um toque de rusticidade e complexidade dado pela casta e, quem sabe, pelo contato com o barro. Pode ser comprado pela INOVINI (www.inovini.com.br) por R$230,00 Minha nota: 90 pontos.
.
Marcelo Copello (mcopello@bacomultimidia.com.br)