Bons e baratos para o feriado
Por Marcelo Copello Amigos, dentre as centenas de vinhos que tenho provado, fiz uma seleção de 16 ótimos custo-benefício para seu fim de semana e feriado do dia do trabalho. Cuvée Prestige Excellence, Chandon, Garibaldi (RS), Brasil (R$ 66,50) Elaborado com Chardonnay e Pinot Noir pelo método Charmat, em que a segunda fermentação […]
Por Marcelo Copello
Amigos, dentre as centenas de vinhos que tenho provado, fiz uma seleção de 16 ótimos custo-benefício para seu fim de semana e feriado do dia do trabalho.
Cuvée Prestige Excellence, Chandon, Garibaldi (RS), Brasil (R$ 66,50)
Elaborado com Chardonnay e Pinot Noir pelo método Charmat, em que a segunda fermentação ocorre em tanques de aço inoxidável. Amarelopalha com reflexos dourados, brilhante. Perlage muito boa, abundante, pequena. Aroma delicado e elegante, com boa complexidade, nozes, flores, mel, frutas cristalizadas, limão amarelo confit, caramelo. Paladar leve e macio, muito equilibrado, cremoso,12% de álcool. Combina com aperitivos ou pratos à base de cogumelos, camarão, lagosta, peixes refinados, carnes brancas e pratos levemente temperados.
Sugestão: apreciar desde já até 2014
Nota: 89
Premivm Brut 2007, Casa Valduga, Vale dos Vinhedos, Serra Gaúcha (RS), Brasil (R$ 49,90)
Elaborado pelo método champenoise ou tradicional, com a segunda fermentação na garrafa, este espumante produzido na Serra Gaúcha pela família Valduga permanece 36 meses com suas borras. Cortes de 60% Chardonnay e 40% Pinot Noir. Amarelo-palha com reflexos dourados. Aroma intenso de leveduras, frutas maduras, amêndoas e baunilha. Paladar de médio corpo, com ótima sensação de agulha na língua, fresco e cremoso, com 13% de álcool. À mesa, faz ótima figura ao lado de pratos de massas e pratos à base de peixes e carnes brancas, molhos leves e risoto.
Sugestão: apreciar desde já até 2015
Nota: 87
Kaiken Brut, Kaiken, Mendoza, Argentina (Vinci, R$ 85,32)
Os vinhedos desta bodega estão localizados em Gualtallary, uma das zonas de maior altitude de Mendoza. Elaborado pelo método tradicional (champenoise), com a segunda fermentação em garrafa por 30 dias. Cortes de Pinot Noir (70%) e Chardonnay (30%) com dois anos de permanência com suas borras. Amarelo-palha, com perlage fina e abundante. Aroma de leveduras, brioches, manteiga, cítricos, maçã, abacaxi. Paladar de bom corpo, cremoso, com boa presença e gás carbônico na língua, 12,4% de álcool e ótima acidez. À mesa, harmoniza-se muito bem com ostras, frutos do mar e sobremesas leves.
Sugestão: apreciar desde já até 2024
Nota: 89
Stravaganzza Brut, Don Giovanni, Pinto Bandeira (RS), Brasil (R$ 25,00)
Belo exemplar que faz jus à fama conquistada pela Serra Gaúcha em produzir espumantes de qualidade. Elaborado com Chardonnay (75%) e Pinot Noir (25%) pelo método Charmat, através da segunda fermentação do vinho base em uma autoclave de aço inoxidável. Amarelo-palha claro com reflexos dourados, brilhante. Perlage pouco abundante, de tamanho médio.
Aroma de fruta mais madura, damasco, mel, leveduras. Paladar seco e encorpado, cremoso. Perfil mais maduro com equilíbrio, pendendo para a maciez; 12,6% de álcool. Vai bem como aperitivo e com pratos frios à base de peixes, carnes brancas, queijos de massa crua, saladas e massas.
Sugestão: apreciar desde já até 2015
Nota: 86
Amadeu Rosé 2009, Vinícola Geisse, Pinto Bandeira (RS), Brasil (R$ 38,32)
Um champenoise que tem o estilo e a assinatura inconfundível do enólogo, engenheiro agrônomo e premiado produtor chileno Mario Geisse, há mais de três décadas no Brasil. Espumante elaborado pelo método tradicional com 50% Merlot, 30% Cabernet Sauvignon e 20% Pinot Noir. Linda cor, pêssego claro, brilhante. Perlage pequena, de média abundância. Aroma intenso e elegante com floral, rosas, jasmim, frutas vermelhas frescas, pêssego. Com paladar leve e macio, bom equilíbrio entre frescor e cremosidade. Delicioso, elegante e equilibrado, além de gastronomicamente versátil. Com 12,5% de álcool.
Sugestão: apreciar desde já até 2015
Nota: 89
Oyster Bay Sauvignon Blanc 2011, Oyster Bay, Marlborough, Nova Zelândia (Vinci, R$ 89,82)
Logo na primeira safra, a de 1990, este branco foi eleito pela International Wine & Spirit Competition, na Inglaterra, como o melhor em sua categoria. Arrematou, a seguir, durante seis anos consecutivos, o Premium White Wine of The Year, do Australian Liquor Industry Awards. Cor muito clara esverdeada. Aroma intenso e bem típico dos Sauvignon neozelandeses, grama cortada, cítricos. Paladar leve e muito fresco, com ótima acidez crocante e textura macia, 13% de álcool, final com toque de doçura. Ótimo representante do estilo, com intensidade aromática e frescor.
Sugestão: apreciar desde já até 2014
Nota: 88
Grande Escolha 2009, Quinta de Gomariz, Vinho Verde, Portugal (Decanter, R$ 61,00)
Jovem vinícola lusitana capitaneada Manuel Sá, um empresário bem-sucedido natural do Minho, que resolveu investir em uma moderna cantina em Sequeirô e elavborar seus próprios vinhos, sob a direção enológica de António Sousa. Conta com 17 hectares de vinhedos próprios, localizados no conselho de Santo Tirso, região do Ave Largo, região do Baixo Minho. Elaborado com as castas Alvarinho, Loureiro e Trajadura. Cor amarelo palha. Aroma de bom ataque e muito elegante, com notas florais e cítricas e um toque de anis. Paladar de leve a médio corpo, com ótimo equilíbrio entre a boa acidez e a textura rica e macia. Delicioso.
Sugestão: degustar desde já até 2013
Nota: 90
Quinta de Cidrô Gewuztraminer 2010, Real Compania Velha, Douro, Portugal (Barrinhas, R$ R$ 59,50)
Um Douro inusitado e elaborado com 100% Gewurztraminer, cepa originária da Alemanha, pelo enólogo Jorge Moreira, novo contratado da Real Companhia Velha. Amarelo-palha claro esverdeado e brilhante. Aroma típico, fresco e doce, de mel, floral de rosas, lichias, frutas amarelas, pêssego, fundo mineral. Paladar leve e seco, mais seco do que o nariz anuncia. Com 13% de álcool, apresenta boa maciez, mas o que sobressai é a boa acidez, que o torna fresco e gastronômico. Uma boa surpresa: casa-se muito bem com receitas à base de pescados, saladas e pratos da cozinha asiática (sushis).
Sugestão: degustar desde já até 2013
Nota: 88
Bossa 2010, Vinhos Doidos, Bairrada, Portugal (Casa Flora/Porto a Porto, R$ 28,90)
Este branco leve e sedutor tem a assinatura da enóloga portuguesa Filipa Pato, mestre na uva Baga, cepa autóctone da Bairrada, e do seu marido William, parceiro neste projeto da Vinhos Doidos. Elaborado com as castas Maria Gomes (muito aromática, semelhante à Sauvignon Blanc), e Bical que lhe dá estrutura. Muito claro, esverdeado e brilhante. Aroma elegante e fresco, cítrico, limão, flores brancas. Paladar muito leve, macio e seco, com 12,5% de álcool e boa acidez. Leveza, frescor e elegância. De paladar festivo, acompanha desde aperitivos a saladas, massas e pratos à base de pescados.
Sugestão: apreciar desde já até 2013
Nota: 86
Tinajas 2011, De Martino, Itata, Chile (Decanter, R$ 87,40)
Elaborado 100% com a casta Cinsault. As uvas inteiras (sem esmagamento) foram fermentadas em ânforas (tinajas) de barro de 100 anos, com maceração carbônica, sem adição de leveduras. A cor é rubi-granada entre claro e escuro. No nariz tem média intensidade, mas muito rico e puro, com frutas vermelhas frescas, violetas, especiarias, terra molhada e um toque de barro das ânforas. Paladar de médio corpo, com textura macia, fresco e fácil de beber, taninos finos e secos, com 13% de álcool e ótima acidez. Um vinho totalmente fora dos padrões, não agrada fácil. Para quem quer sair do comum é chute no marasmo.
Sugestão: apreciar desde já até 2019
Nota: 91
Cabriz Touriga Nacional 2009, Dão Sul, Dão, Portugal (Interfood, R$ 96,70)
Cabriz é o nome de uma das principais propriedades e marcas do grupo Dão Sul, na região do Dão, onde a empresa, fundada em 1900, nasceu e tem sua sede. O sucesso deste tinto e demais rótulos se assenta numa estratégia de reconversão das vinhas e modernos processos de vinificação. 100% Touriga Nacional, com seis meses em barricas francesas. Vermelho entre rubi e granada escura. Aroma elegante, de frutas maduras, madeira discreta, tostados, violetas. Paladar de médio-bom corpo, taninos finos, 14% de álcool, muito elegante e bem proporcionado, com ótima acidez, que lhe dá frescor, vocação gastronômica e potencial de guarda.
Sugestão: apreciar desde já até 2024
Nota: 91
Herdade da Pimenta 2009, Logowines, Alentejo, Portugal (Cantú, R$ 62,50)
Este vinho é uma novidade de uma empresa jovem. A Logowines foi criada em 2007, quando Filipe de Botton e Alexandre Relvas decidiram concretizar o seu sonho de plantar vinhas no Alentejo. Elaborado com Touriga Nacional, Alicante Bouschet e Cabernet Sauvignon, com nove meses em barricas francesas e americanas. Vermelho rubi-escuro e violáceo escuro. Nariz de bom ataque e de boa integração entre frutas negras maduras, geleias e madeira nova, com toques florais de violetas e de especiarias doces, como baunilha e alcaçuz. Paladar de médio-bom corpo, com 14,5% de álcool e acidez correta. Moderno, quente e frutado, no estilo que fez a fama do Alentejo.
Sugestão: apreciar desde já até 2015
Nota: 88
Rejadorada Tinto Roble 2010, Adega Rejadorada, Toro, Espanha (Vinhos do Mundo, R$ 69,90)
Elaborado com 100% Tinta de Toro, amadurece seis meses em barricas 50% francesas e 50% americanas. Cor rubi-violáceo escuro, lÍmpido e brilhante. Aroma de frutas vermelhas típico da variedade, onde se destaca a amora com leves nuances de tostado, junto com um suave toque de barrica de carvalho e notas balsâmicas e de especiarias doces, baunilha e alcaçuz. Paladar de médio-bom corpo, taninos doces finos e presentes, acidez muito boa, 14,5% de álcool, fresco e bem equilibrado e proporcionado. Um vinho gastronômico e encantador, por seu médio corpo e boa acidez.
Sugestão: apreciar desde já até 2018
Nota: 88
Mâcon-Pierreclos 2009, Domaine Eloy, Borgonha, França (Club du Taste Vin, R$ 45)
Mâcon é uma appellation do sul da Borgonha, para brancos, rosados e tintos (os mais famosos). A região é conhecida por tintos leves, feitos com Pinot Noir e Gamay. Este exemplar é elaborado 100% com Gamay. Os produtores são Jean-Yves e Sylviane Eloy e a vinícola fica localizada no coração de Pouilly Fuissé. Vermelho-rubi claro. Aroma fresco e delicado de frutas vermelhas, framboesa, groselha, toques de especiarias, cravo e vegetal de ervas. Paladar leve e fresco, com 13% de álcool e boa acidez. Um borgonha leve e fresco com ótimo preço.
Sugestão: degustar desde já até 2014
Nota: 87
Dominio de La Plata Essential 2009, Dominio de la Plata, Mendoza, Argentina (Cantú, R$ 50)
Elaborado com Malbec (dominante) e Cabernet Sauvignon, com amadurecimento de cerca de dez meses em barricas de carvalho francês. Cor rubivioláceo escuro. Aroma de boa intensidade, mostrando frutas negras ultramaduras, ameixas, amoras, floral de violetas, toque vegetal de ervas. Paladar de bom corpo, sem exageros de taninos doces, 13,5% de álcool, bom equilíbrio. Um bom tinto argentino, no qual a Malbec domina o perfil, muito bem proporcionado. Este vinho foi criado para comemorar os 10 anos da vinícola Dominio de La Plata, mais conhecida pelo nome de sua proprietária, a famosa enóloga argentina Susana Balbo.
Sugestão: degustar de agora até 2014
Nota :87
Quinta do Seival Castas Portuguesas 2008, Miolo, Vale dos Vinhedos, Brasil (R$ 54)
Elaborado com partes iguais de Touriga Nacional, Alfrocheiro e Tinta Roriz que amadurecem durante 12 meses em barricas novas de carvalho francês. Vermelho-rubi escuro, com reflexos violáceos. Aromas de boa intensidade, com notas florais de violetas, frutas negras maduras, ameixa, amora, vegetal de ervas e tabaco, madeira bem presente com tostados e baunilha. Paladar de bom corpo, com taninos ainda presentes, boa acidez, madeira aparece na boca. Expressivo e gastronômico. Este vinho acaba de ser escolhido para eventos das Olimpíadas de Londres, uma grande honraria para a indústria nacional.
Sugestão: apreciar desde já até 2016
Nota: 87
Marcelo Copello (mcopello@simplesmentevinho.com.br)