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Espetáculos, personagens, bastidores e tudo mais sobre o que acontece na cena teatral carioca, pelo olhar do crítico da Veja Rio
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Jorge Caetano, Davi Guilhermme e Thiago Chagas, atores em tempo (quase) integral

Atores veteranos, com algumas décadas de profissão no currículo, costumam se lembrar com saudade dos tempos em que praticamente qualquer peça cumpria temporada, na hipótese mais branda, de quarta a domingo, invariavelmente com duas sessões no sábado, por vezes na sexta. Hoje, uma olhada na programação teatral de qualquer cidade mostra uma realidade bem diferente, com […]

Por rafaelteixeira
Atualizado em 25 fev 2017, 18h47 - Publicado em 17 fev 2014, 14h52

Atores veteranos, com algumas décadas de profissão no currículo, costumam se lembrar com saudade dos tempos em que praticamente qualquer peça cumpria temporada, na hipótese mais branda, de quarta a domingo, invariavelmente com duas sessões no sábado, por vezes na sexta. Hoje, uma olhada na programação teatral de qualquer cidade mostra uma realidade bem diferente, com raras produções que se sustentam de quinta a domingo. Apesar disso, alguns profissionais têm conseguido estar em cena em quase todos os dias da semana. Como? Em dois espetáculos, claro. No momento, são três no circuito carioca: Jorge Caetano, como o crossdresser Sacha na comédia dramática A Porta da Frente, atração na Casa de Cultura Laura Alvim, e como um curioso doutor Sigmund Freud no musical Edypop, no Espaço Sesc (confira as duas caracterizações nas fotos acima e abaixo); Davi Guilhermme, em dois musicais, Vampiras Lésbicas de Sodoma, no Café Pequeno, e Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos, em cartaz Teatro Clara Nunes; e Thiago Chagas, também em Vampiras… e no drama Homens, no Teatro do Jockey.

Jorge Caetano com Letícia Spiller (crédito: João Julio Mello)

Os desafios são muitos, a começar por uma eventual necessidade de acerto de agendas. Convidado para Todos os Musicais de Chico…, de quinta a domingo, Davi, por exemplo, acabou provocando uma mudança na temporada de Vampiras…, que de quarta e quinta passou para terça e quarta. Mas a empreitada vai muito além disso.  Jorge lembra ter sido especialmente estressante a semana da reestreia de A Porta da Frente, no fim de janeiro, dez dias depois da estreia de Edypop. “Tive que me concentrar muito antes de entrar em cena, pois estava totalmente impregnado com a composição do doutor Freud. E o Sacha tem uma energia totalmente diferente, mais suave e feminina. O Freud é totalmente yang. Mas, aos poucos, isso foi sendo equilibrado, e acho que a experiência em Edypop ate me ajudou a retomar o personagem do Sacha e apurá-lo. Essas diferenças entre os personagens enriquecem nosso trabalho.” As diferenças entre os dois trabalhos também são ressaltadas por Thiago: “É estimulante, principalmente se tratando de um drama e uma comédia rasgada! Para mim, o mais difícil é serem gêneros e regiões de atuação bem diferentes. Para a comédia, me aqueço com ironia e sarcasmo, e, para o drama, afundo em memórias emotivas e me proponho circunstâncias limites para alcançar o que o personagem pede. Tomo um cuidado muito grande para as regiões internas não se misturarem em cena e acabar tirando risada no drama ou ficar sério demais na comédia.”

A jornada dupla, como era de se esperar, gera situações curiosas. “Já rolou de eu sair de Homens, que é um drama, e uma pessoa do público vir falar comigo: ‘Você é muito engraçado!’ E eu fiquei super frustrado e perguntei: ‘Em que momento?’ Ela me disse: ‘Em Vampiras! Te vi semana passada!’ Aí eu entendi tudo…” Para essa trabalheira toda, a regra é uma só: descanso. “É muito prazeroso estar em cena, mas isso requer cuidados com a voz, e procuro descansar o corpo sempre que possível”, diz Jorge.

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