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Teatro de Revista

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Espetáculos, personagens, bastidores e tudo mais sobre o que acontece na cena teatral carioca, pelo olhar do crítico da Veja Rio
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Gregorio Duvivier fala sobre a volta de Uma Noite na Lua

Montado originalmente em 1998, o monólogo cômico Uma Noite na Lua foi uma das peças mais elogiadas naquele ano. Marco Nanini, a estrela em cena, levou o prêmio de melhor ator da Associação Paulista de Críticos de Arte, e João Falcão levou para casa o Shell de melhor autor. O espetáculo também foi eleito o melhor […]

Por rafaelteixeira
Atualizado em 25 fev 2017, 19h10 - Publicado em 17 abr 2013, 19h34
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Gregorio Duvivier (crédito: André Muzell)

Montado originalmente em 1998, o monólogo cômico Uma Noite na Lua foi uma das peças mais elogiadas naquele ano. Marco Nanini, a estrela em cena, levou o prêmio de melhor ator da Associação Paulista de Críticos de Arte, e João Falcão levou para casa o Shell de melhor autor. O espetáculo também foi eleito o melhor do ano pelo Prêmio Sharp. No ano passado, o espetáculo foi remontado no Teatro do Jockey, desta vez com Gregorio Duvivier no papel do escritor em crise criativa e amorosa (o ator, a propósito, é namorado de Clarice Falcão, filha do autor). Em um daqueles casos em que um raio cai duas vezes no mesmo lugar, o sucesso se repetiu — Gregorio, inclusive, foi eleito o melhor ator de 2012 pelo júri da Associação de Produtores de Teatro do Rio de Janeiro (APTR). Na última edição de VEJA RIO, a seção Teatro já anunciava a volta do encantador monólogo ao circuito carioca, a partir de 7 de maio, no Teatro dos Quatro. Estrela do musical Como Vencer na Vida sem Fazer Força, em cartaz no Oi Casa Grande, Gregorio falou ao blog sobre o retorno.

No discurso de agradecimento ao prêmio de melhor ator na cerimônia da APTR, você mencionou a Clarice Falcão, sua namorada, como aquela que o incentivou a fazer Uma Noite na Lua. Qual foi o papel dela nessa história?

Ela me falava há tempos desse texto, disse que era um sonho dela me ver fazendo. Aí, não teve jeito. O que você faz quando alguém diz que tem um sonho de ver você fazendo algo que você pode tranquilamente fazer? Você vai lá e faz.  Quando eu li pela primeira vez, percebi na hora que havia ali uma série de questões que me interessavam, era algo que eu poderia dizer em cena.

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Você sentiu a responsabilidade de fazer um monólogo que havia sido estrelado por ninguém menos do que o Marco Nanini?

O Nanini é um ídolo. Eu não havia visto a peça, não frequentava muito teatro quando estreou. Mas o João Falcão insistiu que eu visse um vídeo com a peça filmada. Acabei assistindo e foi ótimo, porque fizemos um espetáculo inteiramente diferente, menor, mais intimista.

Como é trabalhar com o pai da sua namorada?

Não tenho nenhum problema com isso, pelo contrário, gosto de trabalhar com pessoas de quem eu gosto. O João é um dos sujeitos mais brilhantes que eu já conheci na vida, e isso facilita ainda mais.

Você desenvolveu um carinho especial por Uma Noite na Lua?

Essa é uma peça que tem várias reflexões que são também minhas. Eu leio e penso que poderia ter escrito aquilo, se o João já não tivesse escrito antes. Que é, inclusive, o que acontece na própria peça, quando o personagem começa a pensar que poderia ter escrito tudo que autores como Shakespeare escreveu, se Shakespeare já não tivesse feito isso. Uma Noite na Lua é a peça que eu quero fazer pelo resto da minha vida. É uma montagem fácil, só um ator, sem cenário, um jogo de luz e um  personagem que não tem idade, então eu poderia encená-la indefinidamente.

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