Crítica: Emily
✪✪✪ EMILY, adaptação de Eduardo Wotzik para o texto de William Luce. Um dos grandes nomes da poesia, a americana Emily Dickinson (1830-1886) não viveu para testemunhar o reconhecimento de sua grandeza — publicou não mais do que dez poemas durante os reclusos anos em que morou no casarão de sua família em Massachusetts. Sua singular trajetória ganha […]
✪✪✪ EMILY, adaptação de Eduardo Wotzik para o texto de William Luce. Um dos grandes nomes da poesia, a americana Emily Dickinson (1830-1886) não viveu para testemunhar o reconhecimento de sua grandeza — publicou não mais do que dez poemas durante os reclusos anos em que morou no casarão de sua família em Massachusetts. Sua singular trajetória ganha o palco em delicado monólogo, adaptação de Eduardo Wotzik para o texto de William Luce. Entregue ao papel, Analu Prestes encarna a poetisa como se estivesse recebendo pessoas em sua casa. À plateia, narra episódios de sua vida. Sob direção de Wotzik, o espetáculo é sensorial — fundamental, a luz de Fernanda Mantovani emoldura lindamente cenário e figurino ricos em detalhes. Como se não bastasse, em determinado momento o teatro é invadido por irresistível cheiro de bolo.