Crítica: Caixa de Areia
✪ CAIXA DE AREIA, de Jô Bilac. O texto é o terceiro de uma trilogia do autor, integrada por Savana Glacial (2010) e Popcorn, Qualquer Semelhança Não É Mera Coincidência (2012). Neste drama, a crítica de arte Ana (Cris Larin) volta ao apartamento onde morou na infância depois que a inquilina se matou pulando da […]
✪ CAIXA DE AREIA, de Jô Bilac. O texto é o terceiro de uma trilogia do autor, integrada por Savana Glacial (2010) e Popcorn, Qualquer Semelhança Não É Mera Coincidência (2012). Neste drama, a crítica de arte Ana (Cris Larin) volta ao apartamento onde morou na infância depois que a inquilina se matou pulando da janela. A partir daí, começa a reavaliar a própria vida. Personagens relacionados a ela de alguma forma vão aparecendo: uma versão mais jovem da própria Ana (Júlia Marini), seu falecido marido (Jaderson Fialho), sua mãe (Taís Araújo) e seu pai (Luiz Henrique Nogueira). Na ambição desmedida do texto reside o impasse. A narrativa busca abarcar temas tão amplos quanto arte, trabalho, casamento, infância, família e morte. Cronologia estilhaçada, mistura de ficção e realidade e o abuso da metalinguagem dificultam ainda mais a compreensão da trama. Mesmo as interpretações acabam, infelizmente, obscurecidas pelo hermetismo do texto. Direção de Jô Bilac e Sandro Pamponet.