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Teatro de Revista

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Espetáculos, personagens, bastidores e tudo mais sobre o que acontece na cena teatral carioca, pelo olhar do crítico da Veja Rio
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Cesar Augusto, diretor do Tempo_Festival, fala sobre Coelho Branco, Coelho Vermelho, que será apresentado hoje e amanhã

Está marcada para hoje, às 20h, no Oi Futuro Flamengo, a primeira de duas apresentações de Coelho Branco, Coelho Vermelho, peça do iraniano Nassim Soleimanpour que é uma das mais aguardadas do Tempo_Festival. Apresentado pela primeira vez em 2011, o texto para apenas um ator já foi traduzido para mais de quinze idiomas e encenado em diversos países. A […]

Por rafaelteixeira
Atualizado em 25 fev 2017, 18h52 - Publicado em 19 nov 2013, 13h57
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Está marcada para hoje, às 20h, no Oi Futuro Flamengo, a primeira de duas apresentações de Coelho Branco, Coelho Vermelho, peça do iraniano Nassim Soleimanpour que é uma das mais aguardadas do Tempo_Festival. Apresentado pela primeira vez em 2011, o texto para apenas um ator já foi traduzido para mais de quinze idiomas e encenado em diversos países. A premissa que fundamenta o espetáculo é insólita: o ator que se aventura a encená-lo só recebe o texto no momento em que sobe ao palco. Soleimanpour orienta explicitamente que o intérprete não saiba nada sobre a história (confira a entrevista que fiz com ele aqui). Quem sobe ao palco hoje é Lília Cabral, e amanhã, tem Fábio Porchat.

Conversei com Cesar Augusto, um dos diretores do Tempo_Festival, sobre o espetáculo. Confiram:

Quando e como você conheceu o texto?

A primeira vez que eu soube foi pelo (ator) Guilherme Weber, que havia lido o texto em São Paulo, e disse que teve um experiência que era a cara do Tempo_Festival. Em seguida, Bia Junqueira, minha parceira na curadoria junto com a Marcia Dias, veio com o projeto que já me interessava… Coincidências à parte, esse trabalho está rodando o mundo com grande êxito. Em Edimburgo, tive a oportunidade de assistir à leitura-espetáculo e fiquei muito impressionado com o que vi.

O que o atraiu na peça, e por que decidiu trazê-la para o festival?

Uma total sintonia entre a plateia e o ator que lê, num envolvimento que somente o teatro pode provocar. Saí com o coração batendo forte, pensando nas relações que existem nesse mundo tão cheio e paradigmas e situações humanas muito além das visão sobre a massificação da nossa espécie.

Considerando o desafio que é encenar um texto que só se conhece na hora, foi difícil encontrar atores dispostos a encarar a empreitada? Você chegou a ouvir “não” de alguém? 

“Não” a gente sempre recebe, mas logo depois chegam vários “sim”, com muita vontade de risco e contato com a plateia. Vale lembrar que tanto o Fábio quanto a Lília não sabem nada do texto que está dentro do envelope . Eles são atores excepcionais e cada um vai dar uma visão muito pessoal do que chegará as suas mãos.

O quanto você pode falar sobre a história, sem entregar o final?

Nada. Somente que é um texto lúdico, mas também forte e necessário. Como, a meu ver, deve ser o teatro em nosso tempo.

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