O disco Tudo Azul, tesouro do samba, em formato digital
Chegou à rede nos últimos dias, em formato digital remasterizado, bem cuidado e oficial, Tudo Azul, lançado originalmente em 2000. Pode-se comprá-lo no iTunes e ouvi-lo no Spotify. Trata-se de um dos melhores discos de samba de todos os tempos. Trinta anos depois de Paulinho da Viola reunir veteranos da sua Portela no estúdio para […]
Chegou à rede nos últimos dias, em formato digital remasterizado, bem cuidado e oficial, Tudo Azul, lançado originalmente em 2000. Pode-se comprá-lo no iTunes e ouvi-lo no Spotify. Trata-se de um dos melhores discos de samba de todos os tempos. Trinta anos depois de Paulinho da Viola reunir veteranos da sua Portela no estúdio para gravar o histórico Portela Passado de Glória (e, assim, inventar a instituição da Velha Guarda, guardiã das tradições de escolas e terreiros), a cantora Marisa Monte, também portelense, repetiu o ritual com outros personagens da mesma bela história em Tudo Azul. Promoveu encontros em sua casa, devidamente gravados, com bambas como Monarco, Seu Jair, Argemiro, Casquinha, Casemiro da Cuíca, Cabelinho, as pastoras Surica, Doca e Áurea… Alguém lembrava uma primeira parte, outro alguém lembrava a segunda, ou então se animava a compor ali na hora, e assim ganharam vida as dezoito faixas do álbum. Alguns dessa turma fizeram a desfeita de morrer nos últimos anos, o que só reforça a importância da iniciativa de Marisa – cujo selo, o Phonomotor, também viria a produzir os excelentes discos solo de Seu Jair e Argemiro, ambos já falecidos. Bom, ouça-os, que só assim eles continuam vivos para sempre – e, ademais, trata-se de uma coleção de sambas inesquecíveis, não custa repetir. Três palinhas: ouça O Mundo É Assim (AQUI), Nascer e Florescer (AQUI) e Volta Meu Amor (AQUI), esta gravada com a participação da produtora, madrinha e cantora Marisa Monte.