Letra & música
Está chegando a hora de enfeitar a árvore de Natal. Na prateleira de obras ligadas a música há um bocado de lançamentos recentes. Confira. Se Minha Bateria Falasse (H. Sheldon Serviços de Marketing, R$ 57,00, 357 págs.), de Robertinho Silva e Miguel Sá, trata da arte e da vida do primeiro, um dos […]
Está chegando a hora de enfeitar a árvore de Natal. Na prateleira de obras ligadas a música há um bocado de lançamentos recentes. Confira.
Se Minha Bateria Falasse (H. Sheldon Serviços de Marketing, R$ 57,00, 357 págs.), de Robertinho Silva e Miguel Sá, trata da arte e da vida do primeiro, um dos mais importantes bateristas em atividade no país. Carioca da safra de 1941, Robertinho Silva começou a tocar profissionalmente na década de 60 do século passado. Desde então, já acompanhou uma constelação (Cauby Peixoto, Gal Costa, Milton Nascimento, Sarah Vaughan, Wayne Shorter, Ron Carter, Roberto Carlos, Gilberto Gil, Marcos Valle…) e, entre 1970 e 1974, integrou o inovador conjunto Som Imaginário. Entre outras estripulias, também alimenta fértil carreira solo, registrada em discos próprios. Generoso, criou em 1997 o Centro de Percussão Alternativo Robertinho Silva, no Rio, e comanda workshops de percussão com frequência. Seus filhos Ronaldo e Vanderlei herdaram seu talento e são exímios percussionistas. O livro ganha lançamento animado pela roda de choro e samba do grupo Pixin Bodega, neste sábado (30/12), de 12h30 a 14h30, na feirinha da Rua General Glicério, em Laranjeiras. Curiosidade: o jornalista Miguel Sá, coautor, é filho de Luiz Carlos Sá, do trio Sá, Rodrix & Guarabyra.
Em Rod – A Autobiografia (Globo Livros, R$ 49,90, 392 págs.), o cantor britânico de ascendência escocesa solta o verbo para tratar de quatro décadas de rock, 68 anos de vida, três casamentos, oito filhos e mais de 200 milhões de discos vendidos. No livro, desmente as adoráveis lendas que dão conta de que já foi coveiro e jogador de futebol profissional. Também trata de seus encontros com estrelas como Jimi Hendrix, Jeff Beck, Janis Joplin, Elton John e Freddie Mercury (com o cantor do Queen, ele quase montou uma banda chamada Nose, Teeth and Hair). A obra ainda traz a versão do astro para a polêmica em torno de seu maior hit, Do Ya Think I’m Sexy?, com refrão chupado de Taj Mahal, de Jorge Ben Jor – diz que foi um “plágio inconsciente” (aham).
Here, There and Everywhere: Minha Vida Gravando os Beatles (Novo Século, R$ 39,90, 480 págs.) foi escrito por Geoff Emerick e Howard Massey. Apaixonado por música desde garoto, Emerick queria ser técnico de som quando crescer. Conseguiu emprego na EMI e, logo nos primeiros dias de batente, foi incumbido de trabalhar nas gravações do quarteto inglês formado por uns tais John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Star. E assim foi por álbuns históricos como Revolver, Sgt. Pepper’s, o Álbum Branco, Let it Be… Sobre Abbey Road ele conta uma história curiosa: “ A ideia era que o álbum se chamasse Everest, mas eles não quiseram ir até lá para fazer as fotos. Então Ringo disse: ‘ que se dane, vamos lá fora e chamamos o disco de Abbey Road”.
Jim Morrison – Ninguém Sai Vivo Daqui (Novo Século, R$ 39,90, 440 págs.) é assinado por Jerry Hopkins, autor de uma biografia de Elvis Presley, e Danny Sugerman, assessor da banda The Doors, liderada pelo cantor e mito jovem dos anos 70 James Douglas Morrison (1943-1971). Best-seller, com mais de 2 milhões de exemplares vendidos lá fora, a obra inspirou The Doors, o filme de Oliver Stone sobre a trajetória do grupo. Além da trajetória de Jim Morrison, da infância à morte, aos 27 anos, o livro traz fotos, letras compostas pelo artista e sua discografia completa.
Eu Dormi com Joey Ramone: Memórias de uma Família Punk Rock (Editora Dublinense, R$ 44,90, 360 págs.), escrito por Mickey Leigh e Legs McNeil, foi publicado nos Estados Unidos em 2009. Para badalar o lançamento no Brasil, o primeiro autor esteve por aqui no mês passado fazendo sessões de autógrafos no Rio, em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Leigh, irmão mais novo de Joey, narra as peripécias do líder da pioneira banda punk americana Ramones – morto em 2001, aos 49 anos, vítima de câncer linfático – equilibrando episódios da carreira musical e da intimidade familiar. Na função, teve a ajuda do jornalista de rock Legs McNeil.
Nothin’ to Lose – A Formação do Kiss 1972-1975 (Editora Saraiva, selo Benvirá, R$ 44,90, 592 págs.) é assinada pelo jornalista Ken Sharp, além dos dois fundadores da banda de hard rock: o linguarudo Gene Simmons (baixo e voz) e Paul Stanley (guitarra e voz). O trio botou nas páginas um depoimento pormenorizado sobre o nascimento do grupo. Com a estrutura de um bate-papo, o livro traz ainda depoimentos de músicos das bandas Aerosmith, Black Sabbath, Rush, Nazareth, New York Dolls e Ramones, além de entrevistas com Ace Frehley (guitarra e voz) e Peter Criss (bateria e voz), os outros integrantes do quarteto – que, conta a obra, foram contratados através de anúncios de jornal.