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Por Rita Fernandes, jornalista
Um olhar sobre a cultura e o carnaval carioca
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Num vale longo, uma África chamada Rio de Janeiro

Marquinhos de Oswaldo Cruz apresenta seu novo disco em show único no Teatro João Caetano, gravado esse ano no Cais do Valongo

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3 nov 2022, 18h31

Com  o mesmo sugestivo nome do disco lançado esse ano, Marquinhos de Oswaldo Cruz apresenta seu novo show. Pela primeira vez, Uma África chamada Rio de Janeiro será realizado no dia 10 de novembro, às 18h30, no Teatro João Caetano, em apresentação única, dentro do projeto “Samba: um cais num vale longo”, patrocinado pela Funarj.

Tanto o disco quanto o show são uma celebração às heranças deixadas por milhões de pessoas escravizadas, trazidas da África para o Brasil, como o Candomblé da Bahia e o samba do Rio de Janeiro, por exemplo, e que passaram pelo conhecido Cais do Valongo, antigo porto do tráfico negreiro no Rio de Janeiro.

“É uma celebração, cantando e contando o caminho de luta e resistência poética do samba, na construção de uma identidade num ‘Vale Longo’ de mais de um centenário de existência”, diz o artista, que convidou ninguém menos que Leandro Vieira para a direção do espetáculo, além do músico e arranjador Marlon Sette, que assina a produção do disco e a direção musical do show.

Uma África chamada Rio de Janeiro vai contar com a presença de Leci Brandão e Dudu Nobre, além das participações de Tia Surica, Nina Rosa, Nilo Sergio (diretor de bateria da Portela) e do Jongo da Serrinha. Para celebrar ainda mais a diáspora, a percussão de Luizinho do Jêge, diretamente da Bahia, faz a ligação entre sagrado e profano na mistura dos tambores ritualísticos com o samba carioca.

Gravação de Marquinhos de Oswaldo Cruz e banda no Cais do Valongo para gravação de DVD.
Gravação de Marquinhos de Oswaldo Cruz e banda no Cais do Valongo para gravação de DVD – (André Teixeira/Divulgação)

Com 12 faixas, o disco foi gravado ao vivo no Cais do Valongo, lugar sagrado e referência da diáspora negra, e a escolha dos arranjos reforça a estética dos sambas clássicos, entre alguns conhecidos e outros inéditos. São canções de autoria de Marquinhos de Oswaldo Cruz com diferentes parceiros, como Carlos Bezerra, Rogério Lessa, Edinho, Arlindo Cruz, Duarte, Paulo Henrique Mocidade, Ratinho, Luiz Carlos Máximo, Marceu Vieira e Candeia.

“A ideia do disco era fazer o caminho da diáspora negra no Rio, inclusive nos movimentos do Centro para o subúrbio com as reformas urbanas que a cidade passou. É uma viagem poética, um trajeto emocional, até chegar à Portela, em Madureira, criada por negros como Paulo da Portela”, conta Marquinhos.

Marquinhos de Oswaldo Cruz é esse artista carioca super potente, que segue levando adiante a resistência do samba. Além da sua Feira das Yabás, realizada mensalmente no bairro que carrega em seu nome, ele mantém o projeto Trem do Samba. Realizado sempre no dia em que se comemora nacionalmente o gênero musical, 2 de dezembro, o Dia Nacional do Samba vem aí, e em breve teremos notícias desse grande encontro.

Rita Fernandes é jornalista, escritora e pesquisadora de cultura carioca e carnaval.

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