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Por Rafael Mattoso, historiador
Curiosidades sobre o subúrbio carioca
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IV edição do Viradão Cultural Suburbano chega a Manguinhos

Desde o dia do aniversário de Campo Grande até o feriado da Consciência Negra teremos atividades suburbanas para todos os gostos

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Atualizado em 19 nov 2023, 02h20 - Publicado em 17 nov 2023, 11h26

No mesmo dia 17 de Novembro em que o bairro de Campo Grande comemora seu aniversário de 420 anos de fundação também tem início a IV edição do Viradão Cultural Suburbano.

Não é à toa que novembro foi escolhido pelo Viradão Suburbano para marcar toda nossa potencialidade cultural. Basta relembrar que foi num dia 12 deste mês que o grande João Nogueira, “nascido no subúrbio nos melhores dias”, chegava ao mundo a partir do Méier. Assim como, Tia Surica, presidente de honra da Portela, competa seus 83 anos de idade neste dia 17. Novembro também é o mês da Consciência Negra, data fundamental para nos fazer refletir não só sobre a luta de Zumbi dos Palmares, assassinado 20 de novembro de 1695, mas também de outros nomes fundamentais. Lembrar dos escritores Cruz e Sousa, nascido em 24 de novembro de 1861, e Lima Barreto, morto em 1º de novembro de 1922. Assim como devemos igualmente rememorar a partida de Jovelina Pérola Negra, em 2 de novembro de 1998, de Zé Keti, no dia 14 de 1999, e de Antônio Candeia Filho, em 16 de 1978. 

É muito representativo que o primeiro dia de atividades do Viradão Cultural Suburbano deste ano de 2023 se concentre em três grandes escolas, importantes locais de educação, formação, transmissão e preservação de valores e tradições. A abertura do evento ocorrerá nessa sexta (17), a partir das 10h, no Colégio Estadual Clóvis Monteiro, em Higienópolis. A partir das 18h, a programação se estende para o Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), em Bonsucesso, seguido da quadra do G.R.E.S. Unidos de Manguinhos.

Obra de construção do colégio estadual Clovis Monteiro, década de 1960
Construção do colégio estadual Clovis Monteiro, década de 1960 (Internet/Arquivo pessoal)

Precisamos dizer que no dia 3 de outubro deste ano, o Viradão Cultural Suburbano foi incluído no Calendário Oficial da cidade. Essa vitória, fruto de cinco anos de esforço coletivo e democrático, mostra a força do poder criativo dos suburbanos e das suburbanas que fazem cultura efetivamente em seus territórios.

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Com mais de 30 horas de atrações gratuitas espalhadas por bairros da Zona Norte, este ano o maior festival de arte e culturas suburbanas homenageia Celeste Estrela, integrante da velha guarda da G.R.E.S Unidos de Manguinhos, onde domingo (19) tem roda de samba com Dorina, Didu Nogueira, Zé Luiz do Império e as velhas guardas da Unidos do Jacarezinho, Imperatriz Leopoldinense e Independente de Olaria.

É importante destacar que a organização do Viradão Suburbano conta conta com a gestão do Instituto Cultural Grupo 100% Suburbano, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz e conjuntamente ao trabalho de dezenas de outros coletivos e organizações suburbanas. Lembramos que ações e instituições fundamentais para território, tais como o Espaço Casa Viva, além do Ballet e da Biblioteca Parque de Manguinhos, também contribuíram com atividades para realização dessa quarta edição.

  Toda a extensa programação pode ser conferida no Instagram: @viradaosuburbano

IV Viradão Cultural Suburbano
(IV Viradão Cultural Suburbano/Divulgação)

Para terminar a coluna, deixamos um grande parabéns ao mais populoso bairro do país, nosso rico representante da cultura suburbana da Zona Oeste.

Fundado em 17 de novembro de 1603, Campo Grande hoje é um gigante comercial, patrimonial e histórico-cultural da cidade. Sua ocupação colonial se deve aos jesuítas. Inicialmente, a extensão de terras que vai do Rio da Prata até Cabuçu era habitada por povos originários, indígenas da tribo Picinguaba, que a chamavam de Iaraquã. Após a guerra de fundação da cidade do Rio de Janeiro, em 1565, o território passou a pertencer à grande freguesia de Irajá. Desmembrada desta em 1673, a área foi doada pelo governo colonial a Manoel Barcelos Domingos, dono de vasta propriedade que se estendia até o Gericinó.

Obra de construção do colégio estadual Clovis Monteiro, década de 1960
Campo Grande 1960 (Arquivo Nacional/Arquivo pessoal)
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