Use suas plantas para se conectar com o mundo lá fora
Quatro dicas para melhorar a vida dos verdinhos que você já tem dentro de casa (e uma dica bônus para quem ainda não tem nenhum)
Quem tem o privilégio de poder ficar em casa durante esse momento (se você pode, fique!), está passando por uma verdadeira revolução e adaptação a uma nova rotina. Parece que a vida gira entre home office, reunião online, atividade escolar do filho, live de treino da academia, chamada por vídeo com os amigos, delivery de supermercado, curso grátis de Harvard, live sertaneja para animar… ufa!
Claro que a tecnologia está sendo muito bem usada a nosso favor e graças a ela muitos de nós podemos manter nossas vidas profissionais, sociais e afetivas com algum equilíbrio. Mas o que eu quero sugerir hoje é que você aproveite algum intervalinho que tiver para tentar se reconectar ao mundo exterior através da natureza que já existe na sua casa! Uma atenção para aquela plantinha que está ali meio deixada de lado, uma poda na que está crescendo já sem força, acertar a rotina de rega para nutri-las de forma tão simples.
Listo a seguir uma série de dicas básicas para te ajudar a olhar com mais carinho para as suas plantas. Vamos arregaçar as magas e sujar as mãos de terra (talvez um pouco do chão também), para dar um respiro de natureza e sair um pouco da tecnologia em que estamos tão profundamente inseridos!
1 – Sol
Colocar uma begônia para pegar muito sol vai ser mortal pra essa planta tão linda. Da mesma forma, a petúnia, por mais delicadas que as flores possam parecer, é uma espécie de sol pleno – precisa de 6 a 7 horas de sol por dia! Pode ser que uma simples reorganizada nas plantas resolva algum problema que elas apresentem. O ideal é pesquisar a necessidade de cada espécie, mas uma dica geral é: quanto menores as folhas, mais sol a planta precisa.
2 – Água
Da mesma forma que cada espécie precisa de sol na medida certa, a rega também precisa ser ajustada. De modo geral, folhas moles e amareladas sinalizam excesso de umidade, folhas ressecadas e com pontas queimadas sinalizam falta de água. Observe sempre a terra antes de molhar, coloque o dedo para ver como ela está. Regue até sair um filete de água pelo dreno do vaso, para garantir que a terra foi toda irrigada. Se certifique também que o dreno está livre para não acumular água e apodrecer a raiz.
3 – Poda de manutenção
Não precisa ter dó, pode arrancar ou cortar aquelas folhas que já estão secas, murchas ou danificadas. Essa limpeza abre espaço pra planta gastar energia com o crescimento de novas folhas.
4 – Terra
É da terra que a planta retira quase tudo que precisa para sobreviver: nutrientes e umidade. Por isso, é essencial adubar a terra de tempos em tempo. Isso causa muita resistência nos jardineiros amadores, parece complexo, mas não é! Para vasos pequenos, os mais comuns dentro de apartamentos, a rotina de adubação pode ser muito simples e caseira. Uma mistura de casca de ovo (lavada e seca) triturada com borra de café já dá uma bela injeção de cálcio e potássio. Além de ser uma boa forma de reutilizar o lixo, economiza tempo e dinheiro.
Se você tem carinho pelos seus verdes e quer que eles se desenvolvam e tenham vida longa, dá gosto de ver o resultado de bons cuidados com a terra.
5 – Não tenho nenhum verdinho (ainda)
Pois seus problemas acabam agora (ou na próxima vez que você for ao mercado, de máscara e com álcool em gel no bolso)! Uma simples batata doce plantada na água vai dar origem a uma folhagem belíssima e que vai mudar logo de cara o astral de qualquer canto da casa.
Vamos à receita:
Ingredientes
– 1 batata doce mais velha, que já esteja brotando (saindo um pouco de raiz da ponta – se não tiver nenhuma assim ainda, é só aguardar que ela chega lá)
– 1 vaso ou pote de vidro
– água
Como preparar
– Encher o vaso de vidro com água até a metade
– Submergir a parte da batata doce que estiver brotando
– Trocar a água uma vez por semana
E pronto! Prepare-se para, em pouco tempo, ser dono de um verde para chamar de seu!
Paula Pizzi é jornalista e florista à frente da Petalis Flores. Acredita que a beleza, o amor e a leveza das flores e plantas são capazes de transformar ambientes, relações, humores e vidas.