Romero Ferro quer levar frevo para além do carnaval de Pernambuco
Cantor se apresenta amanhã no Rio e lançou EP com vários convidados especiais
Nascidos em Garanhuns, o pernambucano Romero Ferro é apaixonado pelo frevo desde criança, quando ia com seus pais fantasiado curtir o Galo da Madrugada, maior bloco de rua do mundo. E é essa memória afetiva que o fez enxergar o potencial do ritmo e buscar levar o frevo para além do carnaval de Pernambuco.
“Percebi que o frevo não estava nos outros carnavais do Brasil e desde momento meu coração questionou porque só toca em Pernambuco. O Frevália tem esse ideia de propor que a gente escute mais, inclusive fora do carnaval”, explicou sobre a ideia do seu projeto.
Romero acredita que o ritmo tem potência para ser nacional: “Se você toca Frevo Mulher em qualquer lugar as pessoas vão cantar enlouquecidamente”. Para atingir um público cada vez maior, gravou seu novo EP – Frevália – fazendo parcerias com grandes nomes da música como Mart’nália, Daniela Mercury, Clarice Falcão e Gaby Amarantos, trazendo uma pegada mais pop ao frevo. O lançamento foi no dia 02 de fevereiro.
“O frevo é um ritmo respeitado por vários artistas do país inteiro. Fui chamando pessoas próximas e tive tantas respostas positivas que tenho possibilidade de gravar um próximo álbum”, celebra o cantor.
O artista que se apresenta nessa sexta (09/02) na festa Chá da Pabllo, que acontece no MAM, acredita também que oportunidades como essa fazem com quem mais pessoas conheçam o ritmo. Lembrando que a principal atração da noite, Pabllo Vittar, já foi duas vezes ao Galo da Madrugada como convidada e que a festa cairá no Dia do Frevo chega a sonhar: “Ela ama Recife enlouquecidamente. Será que vai rolar alguma coisa com ela?”.
O show faz parte de uma agenda extensa no período do carnaval que promete impulsionar o lançamento, mas Romero faz questão que o segundo álbum seja lançado longe da data para justamente dar a força ao ritmo o ano inteiro. “Não estou dizendo que vou mudar alguma coisa, isso é muita pretensão. Mas estou propondo isso pras pessoas. Trazendo a discussão sobre o frevo ser algo para além do carnaval e poder se misturar com qualquer ritmo”, finaliza.