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Otavio Furtado

Por Otavio Furtado, jornalista e consultor de diversidade & inclusão Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
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Quem é Indianarae Siqueira, ativista trans que terá sua história em livro

"Indianarae Siqueira - Uma Vida Em DesTransição" terá orelha assinada por Erika Hilton

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21 Maio 2024, 08h42
livro sobre Indianarae Siqueira
 (Indianarae Siqueira/Arquivo pessoal)
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Lançado agora em maio, “‘Indianarae Siqueira – Uma Vida Em DesTransição” é um livro que conta a história de luta ativista TransVestiGenere, como se intitula, Indianarae Siqueira. A líder da Casa Nem, centro de acolhimento para pessoas LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade social, tem muita história para contar.

Em 1995, Indianarae teve os seios expostos por Jovana Baby (a matriarca do movimento trans e travestis do Brasil) em cima do trio da primeira parada LGBTQIA+ do país em Copacabana. No mesmo ano fundou e passou a presidir o “Grupo Filadélfia de Travestis e Liberados”. 

Teve sua casa invadida depois que a ONG que fundou conseguiu aprovar oficialmente no Brasil, pela primeira vez, o nome social nos prontuários médicos e que as travestis fossem internadas separadas ou em enfermaria feminina. Por conta da liberação do nome social nos prontuários, logo depois foi concedido a permissão para que os companheiros fossem considerados cônjuges, abrindo assim, margem para reconhecimento da união estável.

Em 2010, em uma audiência pública na ALERJ, sobre as agressões na parada LGBTQIA+ de Copacabana, o deputado Carlos Minc pediu atenção ao assunto depois dos questionamentos de Indianarae sobre falta de nome social no Rio. A reivindicação tornou-se um decreto de ‘Nome Social’ no estado.

Ao longo da vida sofreu diversas ameaças e vive há 30 anos sob protocolo de segurança financiado por ONGs protetoras de direitos humanos. Inclusive já teve que deixar a cidade de Santos, onde morava, e logo depois o país, em 1998. “O movimento está lutando há 3 décadas pelo reconhecimento social das pessoas transexuais, travestis, não binárias e intersexo; as mais esquecidas da comunidade LGBTQIA+. Estivemos na linha de frente da luta pelos direitos LGBTQIA+ levando porrada na cara e sofrendo ameaças”, relembra.

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Indianarae foi levada a julgamento oito vezes por ultraje público ao pudor ao expor os seios publicamente reivindicando o direito das pessoas trans à mudança de nome sem a obrigatoriedade de cirurgia ou processo judicial. Foi algemada em um poste por policiais durante um desses protestos.

livro sobre Indianare Siqueira
Ilutstração que está na capa do livro sobre Indianarae Siqueira (Divulgação/Divulgação)

Sua história de vida já virou longa-metragem que foi exibido na mostra Acid (Association du Cinéma Indépendant pour as Diffusion), em Cannes (França).  Ganhou vários prêmios em Festivais mundo afora, como a ‘Coruja de Ouro’, em Berlim, e no Brasil o ‘Coelho de Ouro’, do Festival Mix Brasil e também foi considerado pelo Festival de Cannes como um dos melhores filmes-documentário dos últimos anos.

Agora a trajetória da ativista virou um livro, com orelha escrita por Erika Hilton, introdução de Duda Salabert, contracapa de Camila Marins e produção da capa de Pamelah Castro. “Indianarae Siqueira – Uma Vida Em DesTransição” foi lançado pela editora Metanoia.

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