Parada do Orgulho LGBTI+ do Rio tem cobrança ao poder público
Organizadores reclamaram da falta de apoio dos governos municipal, estadual e federal
Aconteceu ontem (24/11) a 29ª edição da Parada do Orgulho LGBTI+ do Rio, na orla da Praia de Copacabana. Com um público abaixo do esperado o evento mostrou a dificuldade em se organizar com pouco investimento público e privado.
Apesar da importância história, afinal o Rio recebeu a primeira marcha da comunidade LGBTQIA+ no Brasil, o evento há alguns anos enfrente dificuldade em atrair patrocinadores privados. Este ano contou apenas com apoiadores deste setor, sem ter, como na de São Paulo, grandes marcas destinando orçamento para sua realização.
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Segundo os organizadores, a Parada do Rio é o terceiro maior evento do município, perdendo apenas para o Réveillon e Carnaval. Mesmo assim anualmente enfrenta dificuldade de angariar investimentos do setor público. Ano passado chegou a ser adiada pela dificuldade financeira e esteve até ameaçada de não ser realizada.
Durante a coletiva de lançamento da edição desde ano, Claudio Nascimento, presidente do Grupo Arco-Íris (que organiza o evento) fez uma cobrança pública dos governos municipal, estadual e federal. A Prefeitura do Rio patrocinou a parada com R$ 500 mil, mas segundo os organizadores havia sido prometido R$ 2 milhões.
Ao seu lado a vereadora Monica Benicio fez coro: “A Parada é um marco na nossa cidade que reforça nossos direitos e nossas lutas. E faremos isso celebrando, apesar de todas as dificuldades com o corte de orçamento de 75% do que tinha sido combinado. As relações com a Prefeitura e com o Estado chega a ser constrangedor. Nós LGBTs estamos movimento a economia da cidade e temos o direito de ter o retorno disso. O Rio de Janeiro se reivindica uma cidade plural e isso não pode estar só no discurso”.
Em nota a Prefeitura do Rio afirmou que destinou o mesmo valor de 2023 para a Parada do Orgulho LGBTI+ do Rio. “O município patrocina, além da Parada do Orgulho em Copacabana, a Parada de Madureira (01/12) e do Complexo da Maré (08/12), por entender que a diversidade além de ser sinônimo de pluralidade, está presente em toda a cidade”, finalizou o comunicado.