Livro sobre movimento LGBTQIA+ na ditadura será lançado amanhã
Evento no Museu do Catete terá ainda o bate-papo "A contribuição do Movimento LGBTI+ para a República Brasileira"
Acontece amanhã (11/06), às 18h, no Museu da República (Rua do Catete, 153 – Catete) o lançamento do livro “Escritos de um viado vermelho”, do autor James Green, junto com uma mesa redonda que debaterá como o movimento LGBTQIA+ impacta na construção de um Brasil mais justo e igualitário.
O livro se abre com uma breve biografia do historiador norte-americano, descrevendo como se deram seus primeiros contatos com o Brasil (e como este se tornou seu objeto de estudo) e o tempo em que viveu aqui. Relata também sua participação no movimento LGBTQIA+ e em iniciativas de solidariedade dos Estados Unidos com o Brasil, focadas sobretudo na defesa da democracia e dos direitos humanos.
Ao longo do livro, que reúne textos revisitados e artigos inéditos, o autor analisa o surgimento do movimento LGBTQIA+ no Brasil nos anos finais da ditadura, a tensão nas relações entre esses ativistas e a esquerda, as relações entre Brasil e Estados Unidos durante o regime ditatorial brasileiro, a importância de arquivos para pesquisas históricas, o ativismo político contemporâneo e as mudanças e permanências no Brasil atual, fortemente ligadas ao passado do país.
James Naylor Green é professor de História Moderna da América Latina e foi diretor da Iniciativa Brasil na Brown University, EUA. Especialista em estudos latino-americanos, Green é brasilianista, tendo vivido no Brasil entre 1976 e 1982, e sua trajetória esteve sempre ligada ao ativismo pelos direitos LGBTQIA+ e à defesa da democracia no Brasil.
O debate acontecerá no Salão Nobre e a sessão de autógrafos no Auditório Apolônio de Carvalho. O evento integra a programação oficial do Mês do Orgulho LGBTI+ e conta com o apoio do Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBTI+, Museu Movimento LGBTI+ Río, Arco-íris Por Prazer- Coro LGBTI do Rio de Janeiro, Centro Comunitário LGBTI + Rio, Programa Rio Sem Lgbtifobia, Centro João Antônio Mascarenhas da UFPel, Laboratório MEI – Museologia da UNIRio, Museu da República e Ministério da Cultura.