RP conta o que é preciso para estar numa lista VIP de camarote da Sapucaí
Responsável pela lista de disputados eventos, Guilherme Barros fala sobre escolha dos convidados
Se curtir o Desfile das Escolas de Samba nos camarotes já é uma experiência especial entrar na seleta lista de convidados dos espaços é sinal de prestígio. Mas o que é preciso para estar numa lista VIP de camarote na Sapucaí? Quem nos desvenda esse segredo é o RP Guilherme Barros, que este ano assina a lista das celebridades do Camarote Rio
Quem o vê circulando entre os convidados especiais do espaço não imagina que sua história com o Desfile das Escolas de Samba começou assistindo as agremiações se prepararem para entre na avenida nas arquibancadas gratuitas da Avenida Presidente Vargas. “Estava fazendo faculdade, sem dinheiro, e minha mãe falou pra assistir ao menos a entrada das escolas. Foi onde virou a chave na minha cabeça que eu queria pertencer a esse lugar”, lembra.
Guilherme é responsável por alguns dos mais badalados eventos da cidade e do Brasil, só nesta temporada de verão é responsável, ao lado do seu sócio na Agência Tigre, Leo Marçal, pelas listas Universo Spanta e do Festival de Verão de Salvador. Além disso é sócio do Candybox, camarote LGBTQIA+ da Sapucaí, e assina a lista de convidados do Camarote Rio.
Ao escolher quem serão os convidados para os eventos, Barros acredita que hoje é possível sair do que era o lugar comum nesses espaços. “Para fazer uma lista a gente não está só falando de convidar artistas. É preciso ter uma história que vai inspirar outras diversas pessoas”, explica.
Ele destaca que faz questão de abrir espaço para diversidade: “Meu propósito é levar através do meu trabalho a realidade do que é o Brasil. É de norte a sul, de todas as cores, de todos os gêneros”. Mas faz questão de lembrar que as pessoas escolhidas tem que ter coisas para compartilhar, ter diálogo e enriquecer uma roda de conversa: “Isso faz com que o ambiente fique legal, que todo mundo queira estar junto”.
Essa mudança de perfil nas listas VIP já é considerada pelo RP uma realidade esperada pelos contratantes. Guilherme inclusive me contou que já recusa trabalhos quando percebe que o cliente quer o perfil das listas de antigamente.
Barros acredita que ter sempre apostado na representatividade fez seu trabalho ganhar destaque, tanto que se tornou embaixador da BM Rio, que representa na cidade a marca de carros BMW. “Não é uma conquista só minha. O automobilismo sempre foi uma coisa muito ligada ao mundo masculino heterossexual e temos indo pelo quarto ano como embaixador um cara que é gay”, celebra.
É essa quebra de paradigmas e abertura de espaços com o propósito de alcançar cada vez mais pessoas que Guilherme Barros quer deixar de legado: “Existe muita verdade na nossa diversidade, porque a gente também sofreu muito preconceito. A gente não trabalha com cota, mas sim como Brasil como um todo”, finaliza.