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Por Otavio Furtado, jornalista e consultor de diversidade & inclusão
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O impacto da bandeira do arco-íris em estabelecimentos comerciais

Proprietário da Casa Milà fala da importância e dos desafios de ostentar a bandeira do arco-íris

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Atualizado em 5 abr 2024, 12h27 - Publicado em 5 abr 2024, 12h21

Quem chega na Casa Milà (Rua Esteves Júnior, 28 – Laranjeiras) é recebido no salão com duas bandeira em destaque: a da Espanha, país que inspira a gastronomia do gastrobar, e da do arco-íris, que celebra o orgulho LGBTQIA+. Mas o que a segunda faz ali? O proprietário Lucas Leal explica que não estamos em um estabelecimento exclusivo da comunidade queer, mas em entrevista explica a importância da inclusão ao ostentar a bandeira.

Em um ambiente social e político com ânimos acirrados é comum ver alguns estabelecimentos comerciais que até são mais identificados com a comunidade LGBTQIA+ optando em não demarcar território com qualquer simbologia. Ao mesmo tempo em que, exatamente por isso, é importante a conscientização e apoio a comunidade que sofre diariamente com a exclusão social, uma realidade ainda dura no nosso país.

“A gente sempre teve a ideia, desde que abrimos a casa, de colocar algo. Inicialmente seria um adesivo discreto. No carnaval deste ano retomamos a ideia, como uma homenagem à diversidade e inclusão, e foi quando surgiu a bandeira. Desde então ela nunca mais saiu do lugar de destaque”, comenta Lucas.

Bandeira do arco-íris na Casa Milà
Lucas Leal fala sobre a importância de pessoas hétero de posicionarem a favor da inclusão e diversidade (Divulgação/Divulgação)

O proprietário da Casa Milà afirma que já teve retorno negativo, ainda que de poucos clientes. Mas faz questão de destacar que isso nunca gerou o pensamento de retirar a bandeira, uma vez que acredita que não se trata de uma causa política e sim humanitária: “Através dessa homenagem queremos expressar que acreditamos e valorizamos a riqueza da diversidade humana. E que é através do respeito, tolerância – e muita comida e bebida boa – que construiremos um mundo melhor”.

Diferentes empresas são acusadas de pinkwashing, quando apenas lembram da comunidade em datas específicas (especialmente em junho, mês do orgulho LGBTQIA+) e visam apenas o dinheiro que as pessoas queer deixam em seus negócios. Ter uma empresa que não só se posiciona de forma ostensiva no ano inteiro, mas também emprega pessoas LGBTQIA+ é ainda, por incrível que pareça, algo a se ressaltar, uma vez que foge do convencional.

“Não temos o objetivo de ser uma casa LGBTQIA+, mas fazemos questão de mostrar que somos inclusivos. Especialmente em nosso país esse tipo de manifestação é importante, porque ainda estamos atrasados nesse sentido. Apesar de ser algo que não me afeta diretamente, por ser hétero, é uma pauta que precisamos levantar, até porque o preconceito vem da gente. Acho até mais importante pessoas que não são afetadas diretamente levantarem a bandeira”, finaliza Leal.

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