Folia sem dor de cabeça! Dicas para evitar o furto de celular no carnaval
Foliões que foram furtados explicam como evitam que ocorra novamente e empresas investem em tecnologia para ajudar caso o furto aconteça

Curtir os blocos de carnaval e não postar nas redes sociais é o mesmo que não ir. Para muitos foliões essa máxima prevalece, mesmo com o medo de ter o celular furtado nas aglomerações. Algumas dicas ajudam a dificultar a ação dos ladrões e podem ser a diferença entre um carnaval só com boas recordações ou uma dor de cabeça daquelas.
Assíduo frequentador de blocos, João Victor é também influenciador digital e por isso o celular é tão importante como as fantasias (que aliás ele mesmo cria). Em 2019 ele teve o celular furtado durante o pré-carnaval e garante que agora toma mais cuidado. “Eu vi na hora que abriram minha pochete, mas os ladrões agiram em grupo e quando eu fui correr atrás vários entraram no meu caminho me empurrando. Me recuso a normalizar esses furtos, não é pra acontecer nunca! Dei mole porque era meio que o início desses furtos em blocos. Hoje todo mundo já sabe que na pochete não se coloca nada de valor”, explica.
De fato os foliões já entenderam que objetos de valor precisam ficar em locais com mais dificuldade de acesso. “Não adianta só colocar a bolsa no corpo, eles conseguem abrir sem você perceber”, destaca Natália Olliveira. “O ideal é deixar o celular preso ao corpo de alguma maneira. Coloque tudo de valor em uma doleira por debaixo da roupa que o risco é quase zero”, indica a também influenciadora que foi furtada enquanto beijava outro folião.

Segundo dados do Governo do Estado do RJ, em 2024 furtos e roubos a pedestres diminuíram 20% durante o carnaval. Mesmo assim os foliões continuam precavidos. Natália acredita que o público precisa ficar mais esperto e criar várias camadas de proteção. Cordinhas que prendem o celular a roupa se tornam mais frequentes nesses eventos com aglomerações, por exemplo. Já João Victor traz outra dica importante. Ele mudou o estilo de blocos que frequenta e evita os chamados megablocos.
Mesmo assim há maneiras de minimizar o impacto caso o furto ocorra e algumas empresas começaram a ajudar. A TIM, por exemplo, criou um pin que bloqueia celulares perdidos ou furtados. Para ativar o dispositivo basta baixar um aplicativo e fazer o cadastro. Depois disso quando o smartphone cadastrado se afastar cerca de 10 metros do broche fixado na roupa do folião é bloqueado automaticamente.

A Apple criou uma proteção para dispositivos roubados que exige o reconhecimento facial quando o iPhone está longe de lugares familiares, como casa e trabalho. A função precisa ser habilitada pelo usuário no telefone. Já a Samsung criou uma espécie de cadeado que permite que o usuário bloqueie seus dados remotamente através de uma central de atendimento 24 horas. Neste caso a função tem um valor a partir de R$ 39,90 por ano.