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Otavio Furtado

Por Otavio Furtado, jornalista e consultor de diversidade & inclusão Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Consumir Harry Potter é financiar ataques anti-trans

Conhecida por declarações anti-trans polêmicas e até mesmo mentirosas, autora da saga agora financia grupos que querem tirar direitos de pessoas transgênero

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24 abr 2025, 08h40
Autora e Harry Potter financia organizações anti-trans
Autora J.K. Rowling tem histórico de ataque a pessoas trans (Divulgação/Divulgação)
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Não é de hoje que as declarações polêmicas de J.K. Rowling ganham destaque nas redes sociais pelo constante ataque a comunidade transexual. A dimensão que tais palavras ganham por se tratar de uma autora bastante conhecida, especialmente entre jovens, por ter escrito a saga de Harry Potter, já era motivo se sobra para o boicote a obra da autora, mas agora isso de torna urgente.

Rowling financiou o grupo For Women Scotland que processou o governo local por incluir mulheres trans na cota de mulheres em conselhos de agências governamentais. A batalha judicial acabou na mais alta corte britânica que no último dia 16/04 decidiu que mulheres transgênero não se enquadram na definição legal de mulher. A decisão é preocupante porque, entre outras coisas, poderá limitar o acesso a serviços destinados a apenas um sexo, como abrigos para vítimas de violência doméstica, e até mesmo proibir o uso de banheiro de acordo com o gênero que se identificam.

A autora de Harry Potter fez um post nas redes sociais celebrando a decisão do tribunal com a legenda “Adoro quando um plano dá certo”, mostrando que a argumentação inicial pode ser apenas uma maneira de buscar diminuir os direitos da população trans de forma mais ampla.

Isso comprova que ao consumir qualquer produto de Harry Potter estamos no final da cadeia financiando grupos que combatem direitos da comunidade trans. Há quem argumente que é preciso separar a obra da autora, mas isso se torna inútil quando lembramos que é justamente seu trabalho que gera dinheiro para que J.K., entre outras coisas, apoie esse grupos radicais.

O retrocesso acontece em um período em que a comunidade trans vem sendo atacada em diferentes partes do mundo com legislações que não oferecem direitos e segurança. Até mesmo no Brasil recentemente uma decisão do Conselho Federal de Medicina sobre idade mínima para procedimentos de reafirmação de gênero foi criticada e mostra perda de direitos de pessoas trans.

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