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Otavio Furtado

Por Otavio Furtado, jornalista e consultor de diversidade & inclusão Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Carnaval: O desrespeito da transmissão da Globo com a comunidade LGBTQIA+

Em dois momentos da cobertura da Paraíso da Tuiuti profissionais da emissora mostraram não entender a importância do que estava sendo dito

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Atualizado em 6 mar 2025, 12h01 - Publicado em 5 mar 2025, 22h29
Erika Hilton desfilando na Paraíso do Tuiuti
Erika Hilton teve discurso cortado pela emissora (Tata Barreto/Riotur)
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A Paraiso do Tuiuti teve muita coragem ao levar para a Sapucaí a história de Xica Manicongo, considerada a primeira mulher trans documentada do Brasil. Demonstrando que o carnaval é também um momento de resistência e levantar discussões importantes para a sociedade, a importância da apresentação da escola no entanto foi desrespeitada pela TV Globo ao menos em dois momentos da transmissão.

Erika Hilton, que foi o grande destaque da comissão de frente, foi convidada para fazer um breve discurso antes da apresentação da escola. No entanto a emissora que tem a exclusividade da exibição do Desfile das Escolas de Samba optou por colocar uma repórter mostrando (sem necessidade) detalhes de uma das alegorias, encobrindo o som da deputada.

Coube então ao comentarista Milton Cunha fazer a necessária fala na transmissão sobre a importância histórica do tema que a Tuiuti levava para a Sapucaí. No entanto outra gafe foi cometida, dessa vez pelo narrador Alex Escobar que em determinando momento deu uma risadinha quando Milton falava sobre ser contratado pela emissora embora seja “maricona velha, assumida e pintosa”.

O que talvez Escobar não tenha percebido é que a risada nos coloca em um lugar de piada, como se nosso jeito de ser fosse algo que só é validado por ser engraçado. As palavras escolhidas pelo comentarista foram propositais, exatamente para mostrar que não há nenhuma característica que justifique a exclusão de pessoas LGBTQIA+ de qualquer ambiente, inclusive o profissional.

Milton seguiu suas colocações e ressaltou a exclusão desde a infância e ainda lembrou os altos índices de crimes de ódio contra pessoas LGBTQIA+ em nosso país. “Parem de nos matar… Nós somos crianças espancadas, crianças jogadas pra escanteio”, destacou de forma brilhante. Ainda bem que temos ele ocupando esse espaço!

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