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Otavio Furtado

Por Otavio Furtado, jornalista e consultor de diversidade & inclusão Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
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Brasileiros apoiam direitos mas rejeitam demonstração de afeto LGBTQIA+

Pesquisa Ipsos mostram suporte às demanda da comunidade, mas resistência a convivência com pessoas da comunidade

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Atualizado em 7 jun 2024, 10h48 - Publicado em 7 jun 2024, 08h06
Pesquisa revela suporte às demandas da comunidade, mas dificuldade com demonstração de afeto entre pessoas LGBTQIA+
 (Alexander Grey/Pexels)
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Anualmente a Ipsos, empresa multinacional de pesquisa e consultoria de mercado, divulga em junho uma pesquisa sobre temas ligados à população LGBTQIA+. Os dados apontam suporte dos brasileiros aos direitos da comunidade, embora a demonstração de afeto em público ainda não seja bem vista.

A maior parte dos brasileiros (77%) acredita que pessoas queer devem ser protegidas de discriminação e mais da metade (58%) são favoráveis a criação de leis que banem a discriminação contra pessoas queer quando se fala de mercado de trabalho, acesso a educação e serviços sociais. Para se ter uma ideia, 51% acreditam que o casamento entre pessoas do mesmo sexo deve ser garantido por lei e 68% concordam que casais homoafetivos devem ter os mesmos direitos de adoção de crianças.

Apesar de 54% dos respondentes no nosso país apoiarem que pessoas LGBTQIA+ sejam abertas sobre sua orientação sexual ou identidade de gênero, apenas 39% são favoráveis a demonstrações de afeto em púbico, como beijo ou mãos dadas. Curiosamente 43% são favoráveis a mais representatividade nos programas de TV, filmes ou comerciais; e 53% apoiam empresas que promovem a igualdade para integrantes da comunidade.

Os números demonstram apoio importante das demandas da comunidade, mas evidenciam também a dificuldade em lidar com pessoas LGBTQIA+ de forma próxima. Números como a quantidade que já esteve presente em um casamento homoafetivo (16%) comprovam isso.

Chama a atenção que o Brasil lidera o ranking mundial de percentual de pessoas que conhecem homossexuais -gays ou lésbicas (68%) e bissexuais (48%). O país perde a liderança quando a questão é conhecer pessoas transsexuais (18%), não binários ou com gênero fluido (15%). O levantamento escutou 18 mil pessoas em 26 países entre fevereiro e março deste ano. No Brasil foram 1 mil entrevistados.

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