Imagem Blog

Otavio Furtado

Por Otavio Furtado, jornalista e consultor de diversidade & inclusão Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Ator da série sobre Jean Charles: “Aconteceu porque era imigrante e pobre”

Fernando Mariano, que faz parte do elenco de O Caso de Jean Charles, fala como se sente sendo imigrante em Londres

Por otavio_furtado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 30 jun 2025, 12h17 - Publicado em 30 jun 2025, 12h14
Fernando Mariano, que faz parte do elenco de O Caso de Jean Charles
Fernando Mariano em cena da série O Caso de Jean Charles (Divulgação/Divulgação)
Continua após publicidade

Lançada recentemente pela Disney+, a minissérie O Caso Jean Charles: Um Brasileiro Morto por Engano, reacendeu o debate sobre o tratamento da polícia de Londres aos imigrantes. Em 22 de junho de 2025 o mineiro foi morto pela Scotland Yard ao ser confundido com um terrorista, em ação marcada por falhas operacionais e abuso de poder.

Integrante do elenco na nova produção sobre o caso, Fernando Mariano, que mora há 15 anos na cidade, converso com a VEJA RIO e de forma enfática destacou que não percebeu mudanças práticas na sociedade londrina: “Não vejo melhora concreta na forma como imigrantes são tratados. E no contexto atual, com o avanço da extrema-direita e libertação do fascismo mundialmente , é difícil acreditar que essa mudança esteja sequer a ser buscada”.

+ O susto de Beyoncé no show em Hosuton

Para o ator brasileiro a morte de Jean foi causada por um conjunto de fatores. “Ele era imigrante, mas também era um homem de classe trabalhadora, morando num bairro periférico. Se ele tivesse o mesmo passaporte, mas outro endereço, talvez se tivessem dado ao trabalho de checar quem ele era antes de agir”, comenta. Para Fernando ser imigrante é um desafio, mas somado ao marcador social pode ser ainda mais desafiador.

Ele acredita que a tragédia foi um resultado de um sistema que combina racismo, classismo, desumanização e abuso de poder em um sistema que considera algumas vidas descartáveis. “O que matou o Jean é a ideia de que a vida do outro, do diferente, do que vem de fora ou do que rompe a norma, vale menos”, finaliza.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Assinantes da cidade do RJ

A partir de 35,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.