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Otavio Furtado

Por Otavio Furtado, jornalista e consultor de diversidade & inclusão Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
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Atletismo brasileiro chega a medalha de número 200 em Paralimpíadas

Nesta sexta (06/09) foram duas pratas e 1 bronze para atletas brasileiros no Stade de France

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Atualizado em 6 set 2024, 20h27 - Publicado em 6 set 2024, 20h26
Brasil chega a 200 medalhas no atletismo em Jogos Paralimpicos
 (Wander Roberto/CPB/Divulgação)
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A modalidade que mais ganhou medalhas para o Brasil na história dos Jogos Paralímpicos continua somando conquistas em Paris 2024. Só hoje (06/09) foram mais três novos pódios no Stade de France, que já viu atletas do nosso país com 30 medalhas nessa edição paralímpica.

A primeira medalha brasileira do dia e única de provas de pista veio com Keyla Barros, nos 1500m (T20). A atleta contou que começou a carreira correndo escondida, mas agora pode celebrar o bronze: “Eu venho de duas medalhas de prata em mundiais, e estou muito feliz de ter saído com o bronze aqui. Eu era chamada de louca quando eu saia pra correr. Já cheguei a morar com minha tia e ela não deixava eu treinar, falou que não era coisa de mulher. Ela tinha que sair pra trabalhar e eu treinava escondida”. Com o tempo de 4mins29s40 ela ainda bateu o recorde das Américas.

Keyla Barros medalha de bronze
Keyla Barros conquistou o bronze no Stade de France (Alessandra Cabral/CPB/Divulgação)

As duas outras medalhas do dia foram conquistadas em provas de campo. Zileide Cassiano (foto de capa) ficou com o segundo lugar no salto em distância (T20) com 5m76. Ouro no mundial de Kobe deste ano, a atleta que tem o nome em homenagem a jornalista da TV Globo, chegou a Paris como uma das favoritas na prova. Com apenas dois anos competindo nessa prova, fez sua estreia em Paris 2024 e já mira a próxima Paralímpiada, em Los Angeles: “Eu e o meu treinador, o Guilherme, vamos trabalhar muito forte pra que nessa competição que vai ter daqui quatro anos a gente chegue sobrando. A gente vai trabalhar forte para conquistar o ouro”.

O outro medalhista de prata foi Thiago Paulino, que venceu um trauma no arremesso de peso (F57). Ele que chegou a conquistar o ouro em Tóquio 2020 viu sua medalha ser retirada após a anulação de dois de seus lançamentos pelo Júri de Apelação. Agora, na capital francesa, ele conseguiu a segunda melhor marca na competição e “trocou” o bronze da última Paralimpíada pela prata.

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“Claro que passou um filme do que aconteceu. Tóquio foi uma competição a parte. Mesmo arremessos, mesma forma de amarrar. Mas é passado. Lá foi o bronze, aqui a prata e quem sabe em Los Angeles a gente consegue o ouro”, declarou após a prova.

Thiago Paulino conquista a prata em Paris
Depois de perder o ouro conquistado em Tóquio, por decisão do júri de apelação, Thiago Paulino conquista a prata em Paris (Wander Roberto/CPB/Divulgação)

Com as 30 medalhas conquistadas até aqui na capital francesa (8 ouros, 10 pratas e 12 bronzes) o atletismo chegou a 200 medalhas brasileiras em Jogos Paralímpicos (56 ouros, 80 pratas e 64 bronzes) e segue na liderança como modalidade com mais pódios em Paris e em todas as edições paralímpicas.

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Veja abaixo o resultado de todos os brasileiros do atletismo nesta sexta (06/09):

🥈 Thiago Paulino conquistou a prata – arremesso de peso (F57)

🥈 Zileide Cassiano conquistou a prata e Jardênia Félix ficou em 5º, Débora Lima ficou em 6º lugar – salto em distância (T20)

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🥉Antônia Keyla conquistou bronze– 1500m (T20)

Alan Fonteles ficou em 5º lugar – 400m (T62)

Izabela Campos ficou em 6º lugar – arremesso de peso (F12)

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Bartolomeu Chaves, Ricardo Mendonça e Christian Gabriel se classificaram pra final – 200m (T37)

Aser Ramos se classificou pra final – 100m (T36)

Thomaz Moraes passou pra final Petrúcio Ferreira, e Lucas Lima não passaram pra final – 400m (T47)

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Clara Daniele e Lorraine Aguiar não se classificaram pra final; e Viviane Soares não se classificou pra semfinal – 200m (T12)

Brasil não se classificou pra final – 4x100m

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