O que é ser assexual? Entenda orientação sexual do personagem Poliana
Vale Tudo é a segunda novela das 21h na TV Globo a abordar o tema através de um persoagem

O final do capítulo de ontem (9) de Vale Tudo começou a falar sobre a orientação sexual do personagem Poliana. O assunto que deve ser aprofundado nos próximos dias será um dos temas debatidos no folhetim. Mas essa não é a primeira vez que isso acontece em uma novela da TV Globo.
Assim como em Travessia (2022), o remake terá um personagem assexual para debater o assunto. Três anos atrás foi através de Caíque, interpretado por Thiago Fragoso, e agora será a vez de Matheus Nachtergale levar o tema para os expectadores.
O assunto não é comumente debatido, o que leva há alguns enganos serem facilmente perpetuados. O principal é achar que baixa libido ou assexual são a mesma coisa. Enquanto o primeiro é algo temporário e pode acontecer na vida de qualquer um, pessoas assexuais não tem necessariamente alguma questão hormonal influenciado.
+ Ator de Vale Tudo afirma ter se arrependido de vender conteúdo adulto
+ Após recusar papel em Vale Tudo, Paulo Vieira bate a novela
A novela terá papel fundamental em ajudar a explicar melhor sobre o assunto, até porque pessoas que não entendem podem achar que se trata de uma doença. De uma maneira geral o que diferencia da hiposexualidade é que neste caso há sofrimento pela diminuição ou ausência do desejo, enquanto na assexualidade não há desconforto.
Há também a impressão que por isso não gostam de se relacionar. Pessoas assexuais são capazes de desenvolver sentimentos e construir relacionamentos afetivos, já que a relação romântica independe do sexo. Pode acontecer de fazerem sexo para satisfazer o parceiro, mesmo sem desejo, mas é preciso ficar atento para que isso não seja algo abusivo.
Por fim é importante destacar que existem diferentes tipos de identidades dentro do espectro da assexualidade. Há desde pessoas estritas até as que raramente sentem desejo sexual, mas podem ter em situações específicas. Segundo dados do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, quase 8% das mulheres brasileiras e 2,5% dos homens, entre 18 e 80 anos, são assexuais.