Lar doce lar: uma casa com alma
O casal de jornalistas Ricardo Abreu e Fernanda Rouvenat revela o que é um lar
Para uma casa ser um lar é fundamental que conte uma história, transmita uma sensação de acolher, seja um refúgio de proteção e renovação de energia, um reflexo de quem nela reside.
Nossa casa conta muito sobre nossas histórias e personalidades. Acredito muito que o lar deve emanar, seja sutil ou ostensivamente, de acordo com o gosto do freguês, alguma conexão com a nossa vida. A decoração deve transmitir emoções, recordações e vibrações, conter elementos que nos representem como moradores do nosso lar.
Em casa, sempre temos peças que carregam consigo boas histórias. Cores, aromas, fotos, souvenirs daquela viagem, artesanato, heranças de família, escolhas artísticas e literárias que estão nas paredes e estantes, livros manuseados, objetos sobre as mesas, tecidos das cortinas, escolhas das formas, algo feito pelas suas próprias mãos, essas sim são coisas que transformam um ambiente num harmonioso lar.
Casas muito bem decoradas seguindo as últimas tendências são harmônicas, mas podem ter muito mais bossa, com um toque mais pessoal. Sua casa não precisa ser igual a uma linda vitrine, ela pode expressar um reflexo da sua identidade, do jeito que mais agradar. Quanto mais personalização, de acordo com as suas necessidades e gostos, melhor.
Hoje entrevisto o casal de jornalistas Ricardo Abreu, Ricardinho, e Fernanda Rouvenat. Os dois montaram um novo lar quando se mudaram para Brasília, a convite da GloboNews.
Manu: Ricardo para você o que define um lar?
Ricardo: Lar, para mim, é meu lugar de segurança, acima de tudo. É onde posso respirar fundo e finalmente descansar do trabalho (que não tem sido pouco). É em casa onde Fernanda e eu nos desconectamos um pouco da rotina, rimos, curtimos um filme. E não posso esquecer dos nossos dois gatinhos, Juscelino e Ulysses, que vieram para trazer ainda mais luz e energia para casa. No meu lar, não pode faltar um bom café, meu computador, livros e, claro, nosso sofá, onde a gente desaba (risos).
Manu: Fernanda, qual é a sua relação com sua casa?
Fernanda: Minha casa é o meu lugar de conforto. É onde eu gosto de estar com as pessoas mais próximas e recebê-las bem. O verdadeiro lugar onde me conecto, leio meus livros e fico em paz. Aliás, morando em uma cidade nova desde o ano passado, longe da família, eu me aproximei ainda mais da minha própria casa.
Manu: Se eu observar as estantes da sua casa, o que vou descobrir sobre vocês?
Ricardo: Você vai ver muitas fotos, especialmente de dois assuntos: viagens, porque amamos viajar e conhecer lugares do mundo, mas também do nosso casamento, uma data muito especial nas nossas vidas, onde reunimos amigos e a família. No escritório, as estantes estão tomadas de livros, nossa paixão, e de objetos que nos trazem lembranças boas do trabalho. Eu, inclusive, adoro parar e olhar para nossa estante e para cada título de livros que temos, inclusive um exemplar da Constituição, que ganhamos no ano passado, no Congresso.
Manu: Fernanda, como foi a sua relação com a casa durante a pandemia?
Fernanda: Na pandemia, ainda morávamos no Rio de Janeiro. E esse período me fez refletir bastante, inclusive sobre cada canto de casa. Eu aproveitei cada espaço para fazer as coisas que eu amo. Não só na parte intelectual, como a leitura, mas quanto a exercícios físicos também, que sempre me ajudaram na parte mental. Um cantinho da casa era improvisado para minhas aulas de ginástica e práticas de ioga online. O meu tapetinho estava sempre estendido ali. Ricardo não fazia muito exercício não (risos), mas eu fazia todos os dias.
Manu: Qual o seu cantinho favorito e o que o torna tão especial?
Ricardo: Meu cantinho favorito é, sem dúvida, o escritório. É onde eu gosto de ler, trabalhar e me concentrar. Geralmente, quando preciso focar em uma atividade, faço isso no escritório, sentado na cadeira e apoiado na mesa. Atrás do computador, fica a janela, então, se de um lado tenho os livros, na frente também posso apreciar a paisagem diferente que Brasília nos proporciona. Ah, e sempre tomando um cafezinho.
Manu: A sua casa conta algo sobre a sua vida? Pode dividir uma história com a gente?
Fernanda: Duas coisas na nossa casa representam muito a nossa vida. A primeira são os livros. Desde criança, sou apaixonada por leitura. Quando nos casamos, o Ricardo também agregou muito à biblioteca com os livros dele. E aí veio a grande questão para o virginiano: como organizar os livros nas estantes? (Risos)
Depois de muita luta e debates, deixei ele organizar como queria, por ordem alfabética de sobrenome de autor. Por mim, organizávamos por assunto. O outro objeto simbólico na nossa casa e que conta uma história é um vaso que temos com rolhas de vinhos e espumantes. Gostamos de levar todas as rolhas de bebidas que tomamos em nossas viagens pelo Brasil e pelo mundo. E guardamos conosco aqui.
O lar pode ser um elemento central na sua vida e basta pensar além da estética dos ambientes. Seja seu estilo moderno ou clássico, busque um olhar mais profundo, íntimo e humano. Fica a reflexão: o que você pode mudar no seu lar em prol do seu maior bem-estar?
Para conhecer mais do meu trabalho, me segue no Instagram @marciaemanumullerarq
Bjs!