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Lu Lacerda

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Jornalista apaixonada pelo Rio

Zilah Garcia: arte com plástico das praias

“Cada sacola recolhida é um lembrete do impacto do nosso consumo. Transformá-las em arte foi minha forma de devolver à natureza algo positivo"

Por lu.lacerda
Atualizado em 6 out 2025, 16h19 - Publicado em 6 out 2025, 15h13
Patricia Quentel e Zilah Garcia
Patricia Quentel e Zilah Garcia (Ari Kaye/Divulgação)
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Sabrina Correa Zilah Garcia e Luciana Garcia
Sabrina Correa, Zilah Garcia e Luciana Garcia (Ari Kaye/Divulgação)
Zilah Garcia e Celina Mello Franco
Zilah Garcia e Celina Mello Franco (Ari Kaye/Divulgação)
Joana Dale e Toni Oliveira
Joana Dale e Toni Oliveira (Ari Kaye/Divulgação)
Patricia Quentel e Zilah Garcia
Patricia Quentel e Zilah Garcia (Ari Kaye/Divulgação)
Christiane Laclau, Zilah Garcia, Vanda Klabin e Maria Luz Bridge
Christiane Laclau, Zilah Garcia, Vanda Klabin e Maria Luz Bridge (Ari Kaye/Divulgação)
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Isabela Garcia Zilah Garcia Caroline Garcia e Karla Petrelli 02
Isabela Garcia, Zilah Garcia, Caroline Garcia e Karla Petrelli (Ari Kaye/Divulgação)
Roberta Cardoso Zilah Garcia e Daniele Machado
Roberta Cardoso, Zilah Garcia e Daniele Machado (Ari Kaye/Divulgação)
Fernanda Vaisman e Zilah Garcia
Fernanda Vaisman e Zilah Garcia (Ari Kaye/Divulgação)
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Luciana Garcia Zilah Garcia e Patricia Vasconcelos
Luciana Garcia, Zilah Garcia e Patricia Vasconcelos (Ari Kaye/Divulgação)

A artista plástica Zilah Garcia transforma o plástico descartado nas praias em arte. É o que mostra na exposição “Elas Tramam”, com curadoria da Artmotiv, de Christiane Laclau, na CasaCor, no Fashion Mall. Para apresentar o trabalho, Zilah promoveu uma visita guiada com almoço no Restaurante Afeto, nesse fim de semana.

Durante anos, a própria artista recolheu embalagens de supermercados, lavanderias e lojas que iam parar na areia. Em vez de lamentar, decidiu dar novo destino ao material — transformando-o em crochê, tecendo tapeçarias que unem delicadeza, técnica e consciência ecológica.

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“Imagina só, apenas com as sacolas usadas nesta exposição, quantos resíduos deixaram de ir para o oceano… quantos peixes, golfinhos e tartarugas tiveram suas vidas poupadas, já que esse material é para eles uma armadilha fatal”, diz Zilah.

São mais de 20 trabalhos, incluindo um painel de 7 metros por 3 metros. “Cada sacola recolhida é um lembrete do impacto do nosso consumo. Transformá-las em arte foi minha forma de devolver à natureza algo positivo, criando beleza a partir do que já estava perdido. É um manifesto silencioso contra o consumo desenfreado e a cultura do descarte”, completa.

“É um choque de consciência e encantamento ao mesmo tempo. O crochê dá movimento às obras, quase como se cada peça respirasse. É a poesia do plástico que, em vez de sufocar a natureza, se transforma em arte”, resume a artista.

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Paulistana, Zilah vive e trabalha em São Paulo. Formada em Turismo, atuou por 28 anos no mercado têxtil e de moda, tornando-se referência em produção de costura no país. A arte, porém, vem de berço: aos cinco anos, já frequentava o ateliê de pintura em porcelana e gesso da mãe.

E ela não para no plástico — Zilah também trabalha com o reaproveitamento de livros descartados, muitas vezes esquecidos ou negligenciados. A mostra vai até dia 26 de outubro.

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