Wagner Moura volta ao teatro: convidados antecipam selfie pelo Oscar
Depois de 2h30 de peça, o ator recebeu os amigos num coquetel que parecia um esquenta para o tapete vermelho
Todos queriam um pedaço de Wagner Moura nessa quarta (22/10), na pré-estreia de “Um Julgamento”, no CCBB — espetáculo inspirado em “Um Inimigo do Povo”, de Henrik Ibsen, o retorno do ator aos palcos depois de 16 anos longe do teatro.
Os ingressos sumiram do site e da bilheteria mais rápido do que um cancelamento em tempos atuais e parte dessa loucura, claro, do talento de Wagner, e a outra da torcida para vê-lo indicado ao Oscar de Melhor Ator por “O Agente Secreto”, que já recebeu dois prêmios em Cannes e está entre os favoritos.
Depois de 2h30 de peça, o ator recebeu os amigos num coquetel que parecia um esquenta para o tapete vermelho. Todo mundo queria garantir uma selfie “pra postar quando ele ganhar o Oscar”. No entanto, Wagner é um dos raros humanos que sobrevive sem redes sociais. “Não ter é muito bom pra mim, porque me protege de muita bobagem, muito ódio e muita raiva. Às vezes, é bom se preservar”, disse.
A última vez de Wagner no teatro foi em “Hamlet”, em 2009, com Mateus Solano, que estava lá para apreciar. Já Bruna Marquezine tinha apenas 14 anos quando ele assumiu outros projetos que não os palcos.
Durante dois anos, a diretora Christiane Jatahy e Wagner se entregaram a pesquisas e textos até chegar a essa adaptação sobre temas tão atuais que parece ser de ontem: verdade, fake news, democracia, ecologia e cancelamento, o combo contemporâneo completo.
Na trama, Thomas Stockmann (Wagner) descobre que as águas do balneário de sua cidade estão contaminadas, tenta alertar as autoridades, é acusado de prejudicar a economia local e acaba condenado como “inimigo do povo”. Em cena com ele, a filha Petra (Julia Bernat) e o irmão inimigo Peter (Danilo Grangheia).
O texto tem colaboração de Lucas Paraizo, com participações audiovisuais de Marjorie Estiano, Jonas Bloch, Tatiana Henrique e Salvador e José Moura (filhos de Thomas Stockmann).
Em cada cidade, um ator e uma atriz locais assumem o papel de “coordenadores do júri”, conduzindo o julgamento do protagonista. No Rio, são Juliana França e Stella Rabello.
“Um Julgamento” fica em cartaz até 3 de novembro, mas os ingressos estão esgotados.
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