Vivendo de arte: 60 anos da Galeria Ipanema, dos Sève
A comemoração vem com a inauguração da mostra “Abelardo Zaluar (1924–1987)”, com 25 trabalhos produzidos entre os anos 1970 e 1980
A Galeria de Arte Ipanema, na Aníbal de Mendonça, comemorou 60 anos nessa segunda (08/09), com a inauguração da mostra “Abelardo Zaluar (1924–1987)”, incluindo 25 trabalhos produzidos entre os anos 1970 e 1980. Seis décadas com entusiasmo e até uma certa valentia, qual o galerista não sente eventuais crises, pandemia etc?
O texto crítico é assinado por Gonçalo Ivo, ex-aluno de Zaluar, que não economiza na reverência: “Tenho para mim que, em sua passagem neste ínfimo mundo, Zaluar viveu e criou como um monge. Humanista convicto, tal qual um Midas, transformou pigmentos, formas e espaços em um mundo de encantamento e transcendência espiritual”.
Nascido em Niterói, o artista construiu uma carreira independente, elogiada por críticos, como Mário Pedrosa e Frederico Morais. Pintor, professor, desenhista e gravador, participou de bienais e coletivas marcantes, sempre cultivando sua abstração geométrica com pitadas de liberdade criativa.
“A mostra revela a atualidade de Zaluar, que merece ser redescoberta. A originalidade de sua produção transformou sua obra em um território de liberdade criativa relevante para a arte brasileira”, diz Luciana Sève, diretora da galeria.
A exposição segue até 18 de outubro, com entrada gratuita.
A história da arte moderna e contemporânea passa pela galeria fundada em 1965 por Luiz Sève, endereço conhecido de colecionadores importantes ou de compradores mais ocasionais, de certo tempo pra cá, com a filha, Luciana Sève; também contou com o trabalho de Frederico Sève entre 1968 e 1998. Seu primeiro endereço foi o Copacabana Palace, mas, a partir de 1973, passou para a Aníbal. No acervo, artistas como Volpi, Milton Dacosta, Hélio Oiticica, Lygia Clark, Sérgio Camargo, Cruz-Diez, Soto Mira Schendel,Vasarely, Di Cavalcanti, Portinari, Ivan Serpa, Guignard, Cícero Dias, Iberê Camargo, Antônio Bandeira, Pancetti, Tomie Ohtake, Waltércio Caldas, Frans Krajcberg e assim vai.
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