Tucano em festa: a volta de Othon Bastos ao sertão baiano
No dia em que chegou Othon já estava tomando banho nas águas termais de Caldas do Jorro, o famoso distrito turístico
Othon Bastos, 92 anos, tem deitado e rolado em Tucano, no Sertão baiano, desde esta quinta (27/11), depois de 86 anos sem pisar na própria terra natal. A coluna tinha adiantado a viagem do ator, de 92 anos, em outubro, quando ele terminaria o ano apresentando o monólogo “Não me entrego, não!”, de autoria e direção de Flávio Marinho, em praça pública.
E parece que Tucano está vivendo um surto coletivo — no melhor sentido.
No dia em que chegou Othon já estava tomando banho nas águas termais de Caldas do Jorro, o famoso distrito turístico onde, em 1948, o povo buscava petróleo e encontrou um banho quente de 48 °C. É lá que ele e a equipe estão hospedados. Nesta sexta (28/11), a agenda seguiu firme: fez a barba com o barbeiro Zito, conversou com alunos da escola pública, deu entrevista na Rádio Tucano FM e tem sido, basicamente, um magneto humano — a cidade se mobiliza quase como uma procissão.
“É impressionante: todo mundo é primo, é parente, é muito engraçado. As pessoas querem tirar foto, dar um abraço, estar perto”, diz Cristina Granato, fotógrafa oficial da turnê em Tucano.
Tucano tem menos de 50 mil habitantes — justamente por isso, a produtora Bianca De Felippes, da Gávea Filmes, montou um palco no meio da praça para apresentar a peça neste domingo (30/11). A ideia ganhou potência depois que Sérgio Bacci, presidente da Transpetro, assistiu ao espetáculo em Salvador, se encantou e decidiu bancar a volta do filho ilustre.
Moradores da cidade, das vizinhas, estudantes, curiosos — e, claro, gato, cachorro e papagaio. Todo mundo. E, além do espetáculo, vem aí o documentário: a diretora Pietra Baraldi acompanha Othon há um ano e meio, registrando bastidores e histórias desse patrimônio imaterial. “Ele costuma dizer que sua vida não tem a menor importância — o que importa é o que ele faz”, lembra Bianca. E o que Othon faz, comovente como sempre, é seguir dando aula de vida — sem nunca se entregar.
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