“Traço dos Sopros”: nova mostra de Esther Bonder
“No contato com as plantas senti que tinha muita coisa além do que eu estava vendo, que não conseguia nomear", diz Esther
A mostra “Traço dos Sopros”, de Esther Bonder, foi inaugurada na Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema, nessa quarta (05/11), com pinturas relacionadas à natureza. “Quando o olhar se demora numa folha, num caule, num brilho de pólen, as formas deixam de ser contornos e passam a palpitar em animações mínimas”, diz o curador Marcello Dantas.
Na tela de Esther, as paisagens oníricas e esculturas de material vegetal — como frutos de palmeiras transformados em “pós-naturezas” — um passeio além dos cinco sentidos e em total sintonia com os eventos da COP30, pelas urgências climáticas. “Meu trabalho traz paisagens da alma, que são construídas com pensamentos, com imaginação e leitura”, diz ela.
Suas inspirações são trabalhos da antropóloga Anna Tsing, Ailton Krenak, Emanuelle Coccia, Stefano Mancuso e Vladimir Vernadsky – além da convivência com Roberto Burle Marx, com quem trabalhou muitos anos (ela era arquiteta e paisagista). “No contato com as plantas senti que tinha muita coisa além do que eu estava vendo, que não conseguia nomear. Era um sentimento muito forte de interação, uma percepção para além dos nossos cinco sentidos. Então entendi que só seria possível falar certas coisas através da arte”, conta.
Uma das estrelas da mostra é a escultura “8.23” — sim, 8.23 minutos —, esse é o tempo que a luz do sol leva até chegar à nossa pele. “Na verdade, somos um subproduto das plantas. Só”, diz Esther.
Kylie Minogue, que fez show no Rio, é quase da realeza (rs)
Sem tabus: Flávia Alessandra e Angélica dividem relatos sobre a menopausa
Morar Mais + INCA: festa solidária no Joá
Receita: Quiche com o que tem na geladeira
Como será a agenda do príncipe William em sua visita ao Rio





