“Território do Amor”: musical estreia no Carlos Gomes. Veja fotos!
Não era noite de "convidados-tendência" nem para uma turma-animada-aditivada, digamos assim





















Não era noite de “convidados-tendência” nem para uma turma-animada-aditivada, digamos assim, mas para nomes nacionalmente destacados (artistas, empresários, juristas e políticos) na estreia do musical “Território do Amor”, nessa quinta (19/06), com texto de Gabriel Chalita e direção de José Possi Neto, no Teatro Carlos Gomes, no Centro. Amor no palco e na plateia: Luis Roberto Barroso, presidente do STF, e Rita Nolasco, procuradora da Fazenda, numa fase em que a gente parece suspirar por qualquer coisa, unidos pelo romantismo.
O musical junta as cantoras Elizeth Cardoso (Badu Morais), Maysa (Neusa Romano), Dalva de Oliveira (Ju Romano) e Dolores Duran (Larissa Goes) com a norte-americana Maria Callas (Bianca Tadini), as francesas Barbara (Daniela Cury) e Edith Piaf (Fernanda Biancamanno), a argentina Mercedes Sosa (Tatiana Toyota) e a alemã Marlene Dietrich (Maria Clara Manesco), cada uma, cantando à sua maneira, as delícias e dissabores do amor — nisso, todas eram mestres da dramaticidade vocal.
Jayme Monjardim, filho de Maysa e diretor da minissérie “Maysa: Quando Fala o Coração”, foi aos bastidores para os elogios a Neusa Romano, que interpreta sua mãe.
“O musical é sobre a vida ou sobre o amor que se vive na vida, o que permanece mesmo quando a vida que se conhece não permanece. Essas mulheres amaram seus amantes, a música e o cantar; também sofreram de amor, mas é possível viver sem sofrer de amor? Enquanto eu pesquisava suas vidas e suas canções, ficava mais fascinado com os percursos de dor e de superação de cada uma delas. Suas canções permaneceram”, diz Chalita, que dedicou o espetáculo ao ator Francisco Cuoco, morto aos 91 anos no mesmo dia.
Essa “dor” de amor é acompanhada por uma banda com cinco multi-instrumentistas que tocam violoncelo, violão 7 cordas, cavaquinho, bandolim, guitarra, sax, clarinete, flauta, bateria, percussão e outros.
”Trabalhamos elementos do sonho, um tempo que não é da realidade imediata, já que muitas dessas vozes jamais se encontraram na realidade e estão unidas pela cena onírica e por suas músicas”, explica José Possi Neto.