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Lu Lacerda

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Jornalista apaixonada pelo Rio

Teatro, por Claudia Chaves: “Maldita” — Dionísio presente

A peça consegue, em pouquíssimo tempo, entregar festa dionisíaca, cabaré dos anos 30 e chanchada brasileira

Por lu.lacerda
24 jan 2025, 09h00
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 (Stephany Lopez/Divulgação)
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O circuito de festivais da era de ouro da Grécia antiga era movimentado, especialmente para os moradores de Atenas. Dionísio, o deus do vinho e do êxtase, forneceu aos atenienses uma ótima desculpa para se soltarem das restrições sociais e se entregarem ao que geralmente era considerado tabu.

Maldita
(Reprodução/Internet)

A peça “Maldita” consegue, em pouquíssimo tempo, entregar um espetáculo criativo de festa dionisíaca, cabaré dos anos 30 e chanchada brasileira. Ao misturar todas as formas de  apresentação performática, a Cia. Cerne, de São João de Meriti, traz comédia a uma história contada em três capítulos, um tipo de microsseriado com um conjunto de todos os tipos de pessoas. Idealizada e encenada por artistas da Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, é um acerto em tudo a que se propõe.

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(Reprodução/Divulgação)

“Maldita” é uma realização do Instituto Cultural Cerne, de São João de Meriti, através da Escola Popular de Teatro da Baixada. Foi  resultado das oficinas de Montagem Teatral e Direção de Arte. Com dramaturgia e direção de Rohan Baruck, o projeto leva ao palco 22 atores e atrizes de uma nova geração de artistas baixadenses que tocam instrumentos musicais, dançam e cantam para fazer rir, além de também celebrar a força da economia criativa, a coletividade e seus parceiros. Acerto em tudo.

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Ao explorar as três tragédias clássicas – Édipo Rei, Sete Contra Tebas e Antígona – contam toda a história de Laio, Édipo, seus filhos e sua descendência. O caráter é didático, pois todos os elementos estão ali. Os atores, com figurinos do tipo que de tudo um pouco,  bordados, meias, saltos, botas, maquiagens exageradíssimas, se movimentam com habilidade, cantando, dançando, interpretando, pois o elenco é grande, não há qualquer amontoado.

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(Reprodução/Divulgação)

Há que aplaudir de pé (mesmo) a versatilidade dos  artistas que tocam instrumentos musicais, dançam e cantam para fazer rir, além de também celebrar a força da economia criativa, a coletividade e seus parceiros. Apesar de dizerem que se inspiraram em grupos que se caracterizam por fazer todos os gêneros, clássicos, comédias, tragédias, musicais, como Os Melhores do Mundo, Tá na Rua, Teatro Oficina e Monty Python, conseguem, em uma explosão de atuação, um resultado bem acima da média do que se vê. A prova de que o bom teatro é dos que têm talento, coragem e criatividade. Venha de onde vier.

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Serviço:

Até  2 de fevereiro, no Teatro Municipal Café Pequeno, Leblon ( Av. Ataulfo de Paiva, 269)

Sextas e sábados, às 20h; domingos, às 19h.

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Claudia Chaves
(Arquivo/Arquivo pessoal)

 

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