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Lu Lacerda

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Teatro, por Claudia Chaves

"Hamleto": o príncipe vive

Por lu.lacerda
22 nov 2024, 09h00
- Crédito fotográfico Renata Barros
Antonio Grassi e elenco em "Hamleto" (Renata Barros/Divulgação)
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2 - Antonio Grassi em Hamleto - Crédito fotográfico Renata Barros
Antonio Grassi em “Hamleto” interagindo com Abujamra (Renata Barros/Divulgação)

A  história de Hamlet, o príncipe da Dinamarca — um vingativo, mas que tem visões, tem amigos, mas é solitário — tem sido objeto de diversas adaptações. O próprio estudo de Freud sobre a relação do jovem Rei Leão, óperas, balés, se baseia no desejo de morte do Príncipe. O mestre Antônio Abujamra (1932 – 2015), que faria 92 anos em 2024, é homenageado com uma performance inédita da aclamada companhia que fundou, “Os Fodidos Privilegiados”, com participação de Antônio Grassi e sob a batuta do seu filho, o premiado músico André Abujamra. O texto escolhido faz parte dessa história.

- Crédito fotográfico
Cena de “Hamleto” (Renata Barros/Divulgação)

“Hamleto”, de Giovanni Testori, ganha interferências atuais de projeção e linguagem do Tik Tok, Inteligência Artificial e músicas originais, sob a visão moderna e multimídia de André Abujamra.

A peça em cartaz é criação de Antônio Abujamra, com toque de genialidade, posto que faz uma mistura de teatro de guignol com farsa, em uma adaptação curta de 50 minutos, com intervenções que transformam a história do príncipe da Dinamarca em algo muito pertinente à cultura brasileira.

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Hamleto fotográfico Renata Barros
“Hamleto”x (Renata Barros/Divulgação)

Diferentemente de Hamlet, André Abujamra não quer vingança — quer preservar a obra do pai, com novos recursos para o teatro. Os atores (Antônio Grassi, Alexandre Lino, Beto Bruno, Cláudio Gomes, Dani Fontan, Filomena Mancuzo, Giovania Costa, Íris Bustamante, Ísis Lua, Isley Clare, Ivete Rodrigues, Márcia Marques, Marta Guedes, Mauro Marques, Pedro Pedruzzi e Ricardo Souzedo) estão num patamar muito interessante na medida em que são capazes de misturar o tom original de Abujamra com a contemporaneidade de André, que faz interferências atuais de projeção e linguagem do Tik Tok, Inteligência Artificial e músicas originais.

Crédito fotográfico Renata Barros
Alexandre Lino em “Hamleto” (Renata Barros/Divulgação)
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Há piadas, há drama, há lágrima, há expressão corporal exagerada, mas há sobretudo o desenvolvimento da capacidade do grande Abu de compor obras e peças que destoam sempre de um teatro conservador. A capacidade de invenção de Abur, de reunir seus atores e de permitir que sua atuação seja livre de amarras clássicas, faz com que “Hamleto” seja uma obra-prima do teatro brasileiro.

Serviço: 

Teatro Ipanema Rubens Corrêa (Rua Prudente de Morais, 824)

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Sexta e sábado, às 20h; domingo, às 19h

Claudia Chaves
(Arquivo/Arquivo pessoal)
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