Imagem Blog

Lu Lacerda

Por Lu Lacerda Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Jornalista apaixonada pelo Rio

Teatro (Claudia Chaves): Chatô e os Diários Associados–100 Anos de Paixão”

O que é poder? Para alguns, é fazer; para outros, conseguir. Poder é ser capaz de entregar; para alguns, é dominar

Por lu.lacerda
Atualizado em 11 abr 2025, 11h03 - Publicado em 11 abr 2025, 09h00
chateau
 (André Wanderley/Divulgação)
Continua após publicidade

O que é poder? Para alguns, é fazer; para outros, conseguir. Poder é ser capaz de entregar; para alguns, é dominar. Mas há poucos que acreditam que poder é fazer, conseguir, modificar, alterar o que está à sua volta, construir. É desses verbos que se fez Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo – pernambucano, jornalista, líder, criador. Como Chateaubriand é um prenome, veio-lhe o apelido “Chatô”, que expressava bem o que sempre foi: um senhor de castelo com poder total.

O musical “Chatô e os Diários Associados – 100 Anos de Paixão” é uma verdadeira celebração da vida de Chatô – o pioneiro, o inventor da comunicação e da arte brasileiras. Com uma produção impecável, figurinos encantadores e um elenco afiado e talentoso, o espetáculo entrega mais do que uma simples biografia. Com interpretações na medida certa, vozes afinadas e domínio vocal sem exageros, o musical revela o Brasil em seus melhores e piores momentos.

cena
(Carlos Costa/Divulgação)

A direção de Tadeu Aguiar é primorosa ao permitir que cada artista se mova com liberdade dentro do personagem, crescendo na interpretação nos momentos-chave. O coreógrafo Carlinhos de Jesus conduz o elenco por ritmos diversos com seu toque inconfundível. A trilha sonora – composta por sucessos de diferentes épocas e conduzida por Thalyson Rodrigues – conquista todas as plateias, que acompanham as canções com entusiasmo.

O roteiro, baseado na biografia “Chatô – O Rei do Brasil”, de Fernando Morais, adaptado pelo próprio autor em parceria com Eduardo Bakr, é bem estruturado e profundo. Duas metáforas ajudam a compreender o Brasil de ontem e de hoje: o poder de quem constrói, representado por Chatô, e o poder de quem destrói, simbolizado pela Ditadura Militar – retratada com força num quadro impactante, com figurinos marcantes exibindo camisetas de opositores do regime.

Continua após a publicidade

A cenografia de Natália Lana é, como sempre, um acerto; e os figurinos de Dani Vidal e Ney Madeira são deslumbrantes, revelando tanto a época quanto a essência dos personagens. A iluminação de Paulo Cesar Medeiros valoriza cada cena, acentuando emoções e detalhes visuais. Sair do espetáculo “Chatô” é compreender o ditado: quem quer, faz – não manda. Chatô mandou, sim, mas, acima de tudo, ele fez.

SERVIÇO:

 Teatro João Caetano, Centro (Praça.Tiradentes, s/n)

Continua após a publicidade

 Até 27 de abril, sexta e sábados às 15h e 19h; domingos, às 17h.

Ingressos no site

Claudia Chaves
(Arquivo/Arquivo pessoal)
Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Assinantes da cidade do RJ

A partir de 35,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.