Taxa de R$ 95 pra pisar na Ilha Grande chega à Alerj
A cidade recebe mais ou menos 1,8 milhão de visitantes por ano, sendo 1,2 milhão só na Ilha Grande
A polêmica “taxa de turismo sustentável” de Angra dos Reis foi parar na Alerj, nessa terça (11/11). A audiência, convocada pelo deputado Marcelo Dino, presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente, discutiu os impactos da cobrança de R$ 95 por visitante.
Segundo a Associação dos Meios de Hospedagem da Ilha Grande (AMHIG), o valor é digno de resort em Cancún e pode afastar turistas e encarecer viagens em família. Gabriel Leite, presidente da Associação de Amigos do 5º Distrito da Ilha Grande (Amaig), entregou ao deputado Jorge Felipe uma carta de protesto pedindo apoio da Alerj pra tentar desatar a situação.
A cidade recebe mais ou menos 1,8 milhão de visitantes por ano, sendo 1,2 milhão só na Ilha Grande, que é Patrimônio Mundial da Unesco. Um estudo técnico da própria prefeitura recomendava uma taxa de R$ 2,70 — para um fundo ambiental, e não pro caixa da cidade.
A lei aprovada prevê R$ 47,50 pra quem visitar o continente, com um plus diário de R$ 4,75. A cobrança começa em janeiro de 2026, com 50% de desconto no primeiro ano. Em 2027, cai pra 25%, e a partir de 2028, é preço cheio.
O deputado Professor Josemar entrou com ação popular e representação no Ministério Público, chamando os valores de “exorbitantes” e acusando a medida de elitizar o acesso à Angra. “O turismo precisa ser sustentável e acessível, não um privilégio de quem pode pagar”, disse ele.
Marcelo Dino também questiona a legalidade e a constitucionalidade da taxa, que, segundo ele, foi criada sem debate com a sociedade civil nem com o setor produtivo.
ATUALIZAÇÃO:
A prefeitura de Angra enviou seu posicionamento à coluna: “A Prefeitura reforça que a Angra Viva – Taxa de Turismo Sustentável tem como principal objetivo garantir a preservação ambiental e a melhoria dos serviços oferecidos tanto aos moradores quanto aos visitantes. A iniciativa, adotada por diversos destinos turísticos no mundo, busca equilibrar o crescimento do turismo com a qualidade de vida local. Os recursos arrecadados serão inteiramente direcionados a ações de conservação das ilhas, manutenção de trilhas, fortalecimento da coleta de resíduos e investimentos em infraestrutura turística. A medida contribui diretamente para a proteção de áreas sensíveis, reduzindo impactos ambientais e assegurando que o patrimônio natural de Angra permaneça preservado para as próximas gerações”
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